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QUE SITUAÇÃO!

Lixo e buracos, uma rotina sem fim na capital

Quem trabalha no Complexo de Feiras do Jurunas sofre com o mau cheiro do lixo jogado ali perto. Já a rodovia dos Trabalhadores está esburacada, um perigo para quem precisa transitar por lá seja de dia ou de noite

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Imagem ilustrativa da notícia Lixo e buracos, uma rotina sem fim na capital camera Lixo às proximidades da feira atrai ratos e insetos. Abaixo, uma das “crateras” na rua dos Trabalhadores | Wagner Almeida

A equipe do DIÁRIO percorreu diversas ruas de Belém na tarde de ontem e se deparou com um problema antigo e persistente: a quantidade de lixo nas ruas da cidade. Diversos moradores relataram que os resíduos, que deveriam ser coletados periodicamente, estão sendo esquecidos há dias, causando não só incômodos pelo odor, mas também riscos à saúde e à segurança da população.

No bairro do Jurunas, por exemplo, ao lado do Complexo de Feiras, a situação é considerada crítica. Uma extensa área acumula lixo, entulhos, material orgânico, dentre outros materiais. Além disso, a quantidade de insetos, ratos e urubus à luz do dia preocupa os moradores.

“Às vezes até me assusto com essa situação”, disse a feirante Joana Nunes, 31. “Com essa nova estrutura [da feira], pensávamos que ia melhorar alguma coisa, mas nada. De um lado, um espaço bonito, novinho em folha; do outro, separado apenas por uma rua, muita imundice, o que dá vergonha”, acrescenta.

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BURAQUEIRA

Lixo e buracos, uma rotina sem fim na capital
📷 |Wagner Almeida

A situação em relação ao lixo descartado de forma irregular não está muito diferente na rodovia dos Trabalhadores, entre as avenidas Júlio César e Centenário, no bairro de Val-de-Cans. Os buracos e a vegetação são outros grandes desafios. Motoristas e motociclistas precisam ficar atentos para evitar acidentes. Moradores têm utilizado pedaços de madeira e pneus para alertar os condutores sobre os perigos na via.

Patrícia Coutinho, 42 anos, que trabalha transportando passageiros de moto, contou que já presenciou acidentes nessa área por causa dos buracos. “Semana passada, um motoqueiro passou, se desequilibrou e acabou caindo. Desde esse dia, o pessoal colocou aqueles pneus para evitar que outras pessoas se acidentem também. Passar por aqui, principalmente à noite, é bem arriscado”, pontua.

Coutinho também chamou a atenção para o avanço da vegetação, que já destruiu boa parte da ciclofaixa. “Não tem por onde passar, então os ciclistas acabam trafegando entre os carros, correndo riscos de acidentes”, relatou.

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Jefferson Paixão, 24 anos, que trabalha com entrega de comida em bicicleta, lamentou a situação: “Tem que trabalhar para ter dinheiro e estamos sujeitos a esse risco, infelizmente”.

RESPOSTA

Foi solicitado um posicionamento da Prefeitura de Belém sobre as medidas adotadas pela gestão em relação à limpeza das ruas e à regularidade da coleta de lixo, além dos reparos nas vias nos locais mencionados pelo DIÁRIO. A Prefeitura apenas enviou o link de uma reportagem publicada na Agência Belém

Segundo essa reportagem, do dia 15 de maio, a empresa Ciclus Amazônia que divulgou o balanço dos primeiros 30 dias de sua atuação e afirma que foram retiradas 60 mil toneladas de lixo e entulhos de Belém. Ainda segundo a reportagem, a secretária Municipal de Saneamento, Ivanise Gasparim, disse que “Nesses primeiros 30 dias, a Prefeitura intensificou o trabalho para a retirada dos pontos críticos de lixo que havia nas principais avenidas da cidade e nas principais áreas onde tinha um acúmulo muito grande, deixado no período de transição entre a saída das empresas que estavam e a entrada da nova empresa”. Sobre os buracos na rodovia dos Trabalhadores, nada foi informado.

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