O que antes era um espaço de memória, cultura e lazer, usufruído por moradores e visitantes, hoje encontra-se em estado de abandono. Morador há 15 anos do conjunto Cidade Nova 8, no bairro do Coqueiro, o enfermeiro Emerson Luz, 38 anos, denuncia que o Museu Parque Seringal de Ananindeua está sem manutenção há anos.
De acordo com o morador, há 4 anos o Parque era bastante utilizado pela comunidade, onde idosos praticavam caminhadas pelas manhãs; famílias se reuniam aos fins de semana para a realização de piqueniques; jovens e adultos praticavam exercícios na academia ao ar livre; além da presença de alunos e professores que usavam o Museu ‘Memorial do Seringal’ para a realização de atividades ecológicas e escolares.
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No entanto, o enfermeiro pontua que há tempos essa interação da comunidade com o Parque não é mais possível. “A pista de caminhada está deteriorada, os idosos não podem mais caminhar por aqui porque é perigoso. Eu mesmo não deixo mais meus pais caminharem. A academia está com os aparelhos quebrados, os brinquedos para as crianças também, a prefeitura abandonou esse local”, afirma.
As telas de proteção que cercam o Parque também apresentam mau estado, com buracos e remendos. A falta de drenagem inutiliza o parque para a prática de piqueniques e outras atividades visto que, principalmente neste período chuvoso, as trilhas ficam totalmente alagadas.
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Entre todos esses problemas de infraestrutura, Emerson destaca a insegurança como a principal consequência da situação de abandono em que a Unidade de Conservação se encontra. De acordo com ele, a Guarda Municipal que antes tinha um posto no local e realizava a proteção do patrimônio público, não se faz mais presente.
“Com isso, usuários de drogas utilizam esse espaço e fica impossível usá-lo. A presença da Guarda Municipal inibe essas ações, nunca justificaram essa retirada dos guardas e não reúnem com a população. A administradora do Parque diz que não pode fazer nada. Estamos clamando por uma reforma, para que a gestão devolva a segurança, o lazer e o espaço público”, disse.
LIXO
Próximo dali, na passagem Damasceno, o acúmulo de lixo e entulho também faz parte do problema na comunidade. A via de mão dupla, que dá acesso à rodovia Mário Covas, é bastante utilizada por condutores e moradores da área, entretanto, o amontoado de estofados, sacolas plásticas, restos de construção civil, madeiras e materiais orgânicos, invade parte de uma das faixas.
Segundo o enfermeiro, a coleta seletiva no local também não está sendo realizada corretamente. “Os motoristas precisam esperar a vez para passar, sendo que essa pista é de mão dupla, isso porque o lixo já está tomando conta da via. Quando não é isso, são os estudantes que têm que andar no meio da via e lidar com o mau cheiro que exala, já que até animais mortos jogam aqui”, comenta.
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