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Mal do século, depressão estigmatiza e atinge 11 milhões

Estima-se que mais de 300 milhões de pessoas sofram com a depressão no mundo todo, sendo 11 milhões de casos apenas no BrasIl, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).

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Imagem ilustrativa da notícia Mal do século, depressão estigmatiza e atinge 11 milhões camera De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que mais de 300 milhões de pessoas sofrem com a depressão em todo o mundo. | Reprodução

Tristeza, autoestima baixa, uma indisposição danada, sentimento de culpa e um descontentamento geral com tudo e com todos: esses são os principais sintomas da depressão, que hoje é considerada o "mal do século".

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que mais de 300 milhões de pessoas sofram com a depressão no mundo. No Brasil, dados do último mapeamento apontam que 5,8% da população brasileira são atingidos pela doença, ou seja, mais de 11 milhões de pessoas.

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O jornalista Vitor Ribeiro, diagnosticado com depressão desde 2016, explica que o problema surgiu "do nada" - talvez ocasionado pela ida do irmão a outro estado - mas, com o passar dos anos, sobretudo na pandemia e no final de 2023, a perda do pai e da avó fez com que ele fosse incapacitado pelos sintomas da doença.

"No final de 2023, quando fiquei desempregado, a situação ficou bem mais complicada. Eu buscava ajuda apenas na bebida. Foi a pior coisa. Todo dia aquela tristeza, toda hora triste, toda hora para baixo, devido ao choque que eu tive, devido às perdas, foi caindo tudo na minha cabeça e eu não consegui controlar", revela.

A depressão se diferencia das flutuações usuais de humor e das respostas emocionais de curta duração aos desafios da vida. É algo prolongado, que, se não tratado, pode ocasionar diversos problemas, sendo o pior deles o suicídio. Conforme a OMS, o ato de tirar a própria vida é a segunda principal causa de morte entre pessoas de 15 a 29 anos, com cerca de 800 mil casos registrados todos os anos.

Os obstáculos ao tratamento eficaz da depressão e outros problemas relacionados a ansiedade, como a Síndrome do Pânico, transtorno bipolar, esquizofrenia, dentre outros, incluem a falta de recursos, a falta de profissionais treinados e o estigma social associado aos transtornos mentais, já que, para muitas pessoas, problemas mentais ainda são considerados “coisa de doido”.

Uma doença

De acordo com a psicóloga Amandda Albuquerque, é importante ressaltar que a depressão e outros problemas considerados como transtornos psicológicos são doenças como qualquer outra.

“A depressão é algo que acaba realmente incapacitando uma pessoa de estar cuidando de si, sentindo prazer, seja nas coisas que antes ela gostava, seja no trabalho, seja no relacionamento. É muito importante a gente entender que, acima de qualquer coisa, é uma condição de saúde, ou seja, uma doença”, explicou.

Problema no Brasil

No Brasil, a Política Nacional de Saúde Mental é uma política de estado, definida pela Lei Federal 10.216/2001. As ações do Governo Federal nesse tema são coordenadas pelo Ministério da Saúde.

Embora o quadro tenha tratamento, a falta de recursos, de profissionais capacitados e o estigma social associado aos transtornos mentais faz com que menos da metade das pessoas com depressão em todo o mundo recebam o tratamento adequado. Em países subdesenvolvidos, esse número é ainda menor, chegando a menos de 10%.

"Acredito que a maior problemática enfrentada pela população brasileira com transtornos mentais se dê pela falta de políticas públicas. O acesso ao tratamento é bastante difícil, e quando disponível, a qualidade do tratamento é questionável, assim como sua gestão", explica Amandda, que atua há mais de 5 anos na área.

Tratamento

O tratamento está disponível na rede pública, especialmente por meio dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), geridos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em todos os estados da federação.

Repórter: Lucas Contente

“Muanense de sangue marajoara e alma paraense! Contente é formado em Comunicação Social - Jornalismo pela Faculdade Estácio Fap e Repórter do DOL desde 2021. Apaixonado por esportes, do skate ao futebol, não dispensa de jeito algum um açaí com peixe frito e um belo banho de rio.”

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