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MEIO AMBIENTE

Conheça a Amazônia que vive no meio de Belém

Belém, que será sede da COP 30, tem diversos locais que abrigam espécies da fauna e flora da região e que servem também para pesquisas locais, além de receberem visitantes quase que diariamente

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Imagem ilustrativa da notícia Conheça a Amazônia que vive no meio de Belém camera Araracanga é uma das maiores belezas da terra | Caio Mesquita/MPEG

Belém é um retrato da Amazônia, em meio ao ambiente urbano. Aqui, é possível ter contato direto com a natureza, pesquisas e compromissos com a preservação, principalmente em um momento que os olhos do mundo se voltam para a nossa região com a realização da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), em 2025.

Parte da riqueza da flora e fauna da região está no Parque Zoobotânico Museu Paraense Emílio Goeldi, situado no coração de Belém. O Parque foi aberto em 1895, com o intuito de abrigar o jardim zoológico e o horto botânico do então Museu Paraense de História Natural e Ethnographia, fundado em 1866. Cerca de 80 espécies de animais (3 mil indivíduos) e mais de 500 espécies de plantas (quase 4 mil indivíduos) habitam no local.

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Onça-pintada, o maior felino das Américas e o maior carnívoro da América do Sul
📷 Onça-pintada, o maior felino das Américas e o maior carnívoro da América do Sul |Museu Paraense Emílio Goeldi

O local também abriga monumentos históricos, espaços expositivos e de educação, além de ser local de tratamento para animais silvestres resgatados pelos órgãos ambientais. Quando há condições desses animais voltarem para seu habitat, o Parque Zoobotânico é base de apoio para seu retorno à natureza. Quando esse retorno não é possível, são mantidos e cuidados de acordo com os melhores padrões de tratamento ou encaminhados a outras instituições no Brasil.

O chefe do Parque Zoobotânico do Museu Goeldi, Pedro Pompei, explica que a estrutura do Museu foi se expandindo ao longo de décadas, com a desapropriação dos terrenos vizinhos. “O parque zoobotânico tem aproximadamente 5 hectares e ocupa um quarteirão inteiro na Avenida Magalhães Barata, bairro de São Brás, e é um ícone da cidade de Belém e da memória afetiva local. Além do cunho turístico, o Museu também desempenha um papel de alta relevância em termos de pesquisa, sendo um centro de pesquisa científica de referência internacional”, pontua.

A planta aquática vitória-régia
📷 A planta aquática vitória-régia |Museu Paraense Emílio Goeldi

“Hoje nós temos as exposições, diversidades e temos o aquário, fora nossas coleções vivas, que são as árvores e os animais que estão nos viveiros. Isso é muito interessante, porque você consegue identificar aqui dentro do parque recortes de como é que se tem na floresta”, descreve.

O casal de aposentados Edgley Rocha e Gloria Martins, vieram do Espírito Santo conhecer a capital paraense. Eles contam que ficaram maravilhados com a cidade e surpresos em saber que existe um pedacinho da Amazônia bem no meio da cidade. “Logo quando chegamos na cidade fomos nos apaixonando pela cultura, a culinária e os pontos turísticos. Eu estou muito encantada com esse lugar, essa área das vitórias régias é muito linda. Se tornou um dos meus lugares favoritos”, comenta Glória Martins.

Uma verdadeira selva no meio da cidade
📷 Uma verdadeira selva no meio da cidade |Bruno Cecim/Agência Pará

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O eletricista Leonardo da Costa Mendes também visitou pela primeira vez o local. Ele conta que o que mais gostou foi de ver os jacarés e a onça pintada. “Eu sou paraense, mas moro em Ourilândia do Norte. Eu vim a tratamento médico e aproveitei para conhecer aqui. Eu fiquei muito surpreso com as espécies que habitam aqui. Consegui ver a onça pintada e agora estou admirando os jacarés”, diz.

Garças podem ser vistas em vários cantos de Belém
📷 Garças podem ser vistas em vários cantos de Belém |Museu Paraense Emílio Goeldi

UTINGA

Outro local que guarda um pedaço da Amazônia dentro da área municipal de Belém é o Parque Estadual do Utinga Camillo Vianna. O Parque é uma Unidade de Conservação Estadual criada com o objetivo de preservar ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza natural. Além de estimular a realização de pesquisas científicas e incentivar o desenvolvimento de atividades de educação ambiental, incluindo o turismo ecológico.

No Utinga, ararajubas são as sensações
📷 No Utinga, ararajubas são as sensações |Rodrigo Pinheiro/Agência Pará

O gerente da Região Administrativa de Belém, Ellivelton Carvalho, garante que o Parque Estadual é uma das maiores UCs em regiões metropolitanas do Brasil. “O Parque estadual assegura a potabilidade da água dos mananciais, realiza a recuperação das áreas degradadas e amplia a vida útil dos lagos Bolonha e Água Preta, responsáveis por 60% do abastecimento de água da Grande Belém”, esclarece.

“A área é utilizada para caminhar, correr, andar de bicicleta ou de patins, além de exercícios físicos. Estimula, ainda, o ecoturismo a partir de múltiplas opções de trilhas com diferentes níveis e percursos, todas em contato direto com a abundância e a riqueza de espécies de fauna e flora presentes”, descreve.

A anta tem o hábito noturno, forrageando alimento durante a noite e descansando durante o dia.
📷 A anta tem o hábito noturno, forrageando alimento durante a noite e descansando durante o dia. |Mauro Ângelo/Diário do Pará

A copeira Rosana Freitas, foi à convite de sua tia para caminhar pelos 8km. “Foi a minha primeira vez aqui. Eu vim a convite da minha tia para caminhar. É muito bom conciliar a atividade física com essa vista belíssima. Pretendo vir mais vezes”, elogia.

Já o casal Nicole de Aquino e Camilo Acassio trouxe a filha Camila de 1 ano e 5 meses para um passeio a céu aberto. “Moramos aqui próximo, sempre gostamos de vir aqui. Nossa bebê vem desde os primeiros meses. Agora que ela já está começando a entender mais as coisas, quer explorar todo o lugar. Ela amou ver os peixes, as araras e fazer a trilha”, disse Nicole.

Pesquisadores têm trabalho constante
📷 Pesquisadores têm trabalho constante |Bruno Cecim/Agência Pará
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