Uma declaração recente das lideranças dos Emirados Árabes Unidos e da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) trouxe uma notícia significativa para ativistas ambientais. A declaração afirma que os ativistas poderão realizar protestos e se reunir pacificamente na COP 28, seguindo as normas e princípios internacionais de direitos humanos.
Essa decisão é relevante, pois nos Emirados Árabes Unidos, é necessária permissão oficial para realizar manifestações, e frequentemente o país proíbe protestos considerados perturbadores pelas autoridades.
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As negociações climáticas da ONU ocorrerão entre 30 de novembro e 12 de dezembro em Dubai. Simon Stiell, secretário executivo da UNFCCC, reforçou o compromisso da instituição em garantir que os valores da ONU sejam mantidos nas COPs e que vozes de jovens, mulheres, comunidades locais, povos indígenas e os mais afetados pelas mudanças climáticas sejam ouvidas.
Os Emirados Árabes Unidos, conhecidos por serem um dos maiores emissores de CO2 por habitante, especialmente devido à produção de petróleo, enfrentam críticas pela escolha como sede da COP28. Além da produção de combustíveis fósseis, o país é criticado por questões como tráfico de pessoas, crimes de guerra, prisioneiros políticos, vigilância, lavagem de dinheiro, restrição à liberdade de expressão, direitos das mulheres e proibição do sexo homossexual.
Helder e presidente da COP 28 alinham estratégias
A nomeação do Sultão Al Jaber, CEO da estatal de petróleo Abu Dhabi National Oil, como presidente da COP28, também vem sendo questionada como conflito de interesses. Grupos de direitos humanos e ambientais expressaram preocupações sobre a escolha da sede, alertando para restrições que poderiam impedir a participação plena de jornalistas, ativistas e representantes da sociedade civil.
A situação contrasta com a COP27 no Egito, onde as manifestações eram restritas e regularmente reprimidas pelas autoridades, com detenções de ativistas. A nova declaração representa um passo importante na direção de uma maior inclusão e transparência nas negociações climáticas globais.
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