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CLIMA PREOCUPANTE

Ventania em Belém: o que ocorreu ontem pode se repetir?

Cerca de 17 árvores caíram em diferentes pontos da cidade devido aos fortes ventos e a tempestade.

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Imagem ilustrativa da notícia Ventania em Belém: o que ocorreu ontem pode se repetir? camera Uma massa de ar quente estava em cima de Belém no momento de pico da chuva e ventania. | (Inmet)

Quem estava em Belém na noite da última quarta-feira (19) se assustou com a intensidade das chuvas e dos ventos fortes na capital. Entre as 19h e as 20h, cerca de 17 árvores caíram na cidade, picos de energia deixaram pessoas sem luz e até o abastecimento de água precisou ser interrompido.

De acordo com Andreróseo Santos, coordenador do Instituto nacional de Meteorologia (Inmet), a chuva foi causada por uma instabilidade na região nordeste e uma massa de ar quente que se deslocou para a capital paraense, vinda do litoral do Maranhão. Como Belém é uma cidade próxima ao litoral, a massa de ar quente adentrou o continente devido ao calor na superfície, já que estamos no verão amazônico e as altas temperaturas são frequentes.

+ Pelo menos 17 árvores caíram em Belém na noite de quarta

+ Confira a previsão do tempo para esta quinta-feira em Belém

De acordo com Inmet, o pico da chuva foi das 19h às 20h, onde cerca de 31,6 milímetros caíram em Belém e os ventos chegaram a uma velocidade de 57 km/h, mas essa velocidade pode ter sido maior e chegado a até 80 km/h. Ainda segundo o instituto, a média de chuvas para o mês já está 20% acima do previsto.

PODE SE REPETIR?

A ventania causou um vasto prejuízo em Belém. Apenas em via pública, 17 árvores tombaram durante a chuva. Diversos imóveis, como o colégio Marista, perderam telhas e cobertura. Diversas casas e ruas ficaram inundadas. Todo esse processo gera a preocupação se um clima similar pode assolar a capital paraense novamente.

A resposta para isso é inconclusiva, embora exista o risco, de fato. "A atmosfera nesse período é muito dinâmica, as instabilidades vão se formar, sempre no litoral do Estado, e sempre indo pro continente. Agora, pontualmente, pode ser que entre na altura de Belém e forte", explica Andreróseo.

"Por exemplo, nós tivemos há uns dias atrás aquela tempestade forte na baía do Guajará, quando teve aquele acidente com a rabeta. Essa já adentrou pelo centro de Belém. Sempre estão se formando essas instabilidades. Então não têm uma rota definida, mas que estão se formando, estão se formando", conclui.

Importante esclarecer que a tempestade de ontem não tem a ver com o fenômeno El Niño que acontece no oceano pacífico. o El Niño foi o responsável pelas fortes ventanias que ocorreram no centro-sul do Brasil na semana passada e até mesmo um ciclone extratropical que assustou moradores dos estados do Rio grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.

Você pode acompanhar mais sobre o tempo nas redes sociais do Inmet e em caso de qualquer emergência, ligue para o número 190.

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