![Da esquerda para a direita: Ana Maria Vizeu (mulher cis), Nayana Batista (mulher cis), Lana Larrá (mulher travesti), Alice de Oliveira (mulher trans), Agnes Lucius (mulher trans) e Uỳara Amanaỳara (mulher travesti) Imagem ilustrativa da notícia 8 de março: o que as mulheres desejam?](https://cdn.dol.com.br/img/Artigo-Destaque/790000/640x360/WhatsApp-Image-2023-03-08-at-093609_00799123_0_-3.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dol.com.br%2Fimg%2FArtigo-Destaque%2F790000%2FWhatsApp-Image-2023-03-08-at-093609_00799123_0_.jpg%3Fxid%3D2578859&xid=2578859)
Presentear as mulheres com flores no Dia Internacional da Mulher (08 de março) é um ato tradicional, além de um gesto atencioso e bonito. Mas a sociedade também pode perpetuar atitudes em prol dos direitos de todas as mulheres nesta data. Veja o que algumas delas têm a dizer.
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![Nayana Batista, jornalista e mulher cis](https://cdn.dol.com.br/img/inline/790000/767x0/WhatsApp-Image-2023-03-08-at-132215_00799123_0_.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dol.com.br%2Fimg%2Finline%2F790000%2FWhatsApp-Image-2023-03-08-at-132215_00799123_0_.jpg%3Fxid%3D2578867%26resize%3D380%252C200%26t%3D1719791952&xid=2578867)
Nayana Batista, jornalista e mulher cis, que define as mulheres como “corajosas e perseverantes”, deseja que daqui para frente todas as formas de liberdade feminina estejam mais presentes no dia a dia. “Espero que sejamos mais livres. Fisicamente, emocionalmente, financeiramente. Estamos caminhando e avançando, mas temos muito a conquistar ainda”, enfatiza a jornalista.
Para Agnes Lucius, mulher trans e graduanda em Filosofia em uma universidade pública do Estado, o desejo é emancipador. “Desejo que, cada dia mais, tenhamos nossos direitos e dignidade respeitados. Que nossos trabalhos sejam reconhecidos, e recompensados por nossa capacidade e não por nossos gêneros. Que nós mulheres consigamos nos unir em resistência contra o machismo estrutural presente na sociedade”, diz a estudante.
![Agnes Lucius, mulher trans e graduanda em Filosofia na UEPA](https://cdn.dol.com.br/img/inline/790000/767x0/WhatsApp-Image-2023-03-07-at-161841_00799123_1_.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dol.com.br%2Fimg%2Finline%2F790000%2FWhatsApp-Image-2023-03-07-at-161841_00799123_1_.jpg%3Fxid%3D2578868%26resize%3D380%252C200%26t%3D1719791952&xid=2578868)
Agnes desenvolve uma pesquisa acadêmica no Projeto Casulo da Policlínica Metropolitana de Belém, que atende o público transgênero e transexual. A pesquisa envolve a entrevista das pessoas atendidas para compreensão da formação do sujeito transgênero e os entraves sociais gerados pela heterocisnormatividade.
Ana Maria Vizeu, estudante de publicidade e mulher cis, acredita na alteridade, sobrevivência e resistência. Ela espera que “ através da união de forças, as reivindicações sejam reconhecidas, pois sem as mulheres os direitos não são humanos”.
![Ana Maria Vizeu, estudante de publicidade e mulher cis](https://cdn.dol.com.br/img/inline/790000/767x0/Meu-projeto-2_00799123_2_.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dol.com.br%2Fimg%2Finline%2F790000%2FMeu-projeto-2_00799123_2_.jpg%3Fxid%3D2578869%26resize%3D380%252C200%26t%3D1719791953&xid=2578869)
A artista independente e mulher trans Alice de Oliveira espera um futuro de respeito para os corpos e dignidade das mulheres. “Desejo que possamos ter nossos direitos respeitados, que a sociedade possa evoluir sem violentar tanto nossos corpos”, relata Alice.
![Alice de Oliveira, autônoma e artista independente](https://cdn.dol.com.br/img/inline/790000/767x0/WhatsApp-Image-2023-03-08-at-094408_00799123_3_.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dol.com.br%2Fimg%2Finline%2F790000%2FWhatsApp-Image-2023-03-08-at-094408_00799123_3_.jpg%3Fxid%3D2578870%26resize%3D380%252C200%26t%3D1719791953&xid=2578870)
A artista também destaca que ser mulher vai muito além dos estereótipos: “é sobre pluralidade, tendo posse e controle da própria vida, e como podemos viver, fluir e evoluir dentro de nossas vivências enquanto mulher”.
A limitação também não se encontra no vocabulário de Uỳara Amanaỳara, mulher travesti e artista de multilinguagens. “Desejo mais inclusão e igualdade” fortalece a artista, que luta diariamente para defender sua existência, resistência e reconhecimento.
![Uỳara Amanaỳara, mulher travesti e artista de multilinguagens](https://cdn.dol.com.br/img/inline/790000/767x0/WhatsApp-Image-2023-03-08-at-091459_00799123_4_.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dol.com.br%2Fimg%2Finline%2F790000%2FWhatsApp-Image-2023-03-08-at-091459_00799123_4_.jpg%3Fxid%3D2578871%26resize%3D380%252C200%26t%3D1719791953&xid=2578871)
A mulher travesti e 1ª coordenadora adjunta da área de mulheres trans e travesti, no comitê gestor do Plano Estadual de Enfrentamento à Lgbtifobia do Pará, Lana Larrá, fecha com chave de ouro o grito cotidiano e coletivo das mulheres.
![Lana Larrá, ativista LGBTQIAP+](https://cdn.dol.com.br/img/inline/790000/767x0/WhatsApp-Image-2023-03-08-at-094407-1_00799123_5_.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dol.com.br%2Fimg%2Finline%2F790000%2FWhatsApp-Image-2023-03-08-at-094407-1_00799123_5_.jpg%3Fxid%3D2578872%26resize%3D380%252C200%26t%3D1719791953&xid=2578872)
“Desejo que nós, mulheres, possamos ocupar mais espaços de poder e decisão no país. Desejo que possamos ter direitos, de fato, no combate ao machismo e à transfobia que ainda nos assola. Desejo que nós, mulheres, possamos ter dignidade, educação, saúde e emprego”, enfatiza a ativista.
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