Acusado de tentar matar influenciadora é condenado a 13 anos

Denilson Fernandes foi preso em dezembro de 2022, na cidade de Itajaí, litoral Norte de Santa Catarina, após quase um ano foragido e teve o julgamento marcado para esta quinta-feira (23).

Ele é acusado de tentar matar com facadas a influenciadora digital Denize Carvalho de Souza, 31 anos, que é ex-companheira dele, em Ananindeua, na Grande Belém. O crime teria sido motivado por ciúmes e pela não aceitação do fim do relacionamento.

Vídeo: Homem tenta matar ex-mulher a facadas em Ananindeua

A sentença saiu durante a noite, por volta das 21h. Ele foi condenado a 13 anos de prisão em regime fechado por tentativa de feminicídio, com possibilidade de recorrer da decisão. A baixa do tempo de reclusão da pena se deve ao fato de ter sido uma tentativa, sem a consumação do crime.

A defesa do réu tentou convencer o júri sobre a inocência do acusado, alegando ser um caso de lesão corporal, mas o Ministério Público manteve a tese inicial de tentativa de feminicídio.

Após o veredito, a vítima relatou sentir alívio e gratidão à Deus. "Eu vou poder dormir tranquila, ficar com a minha família em paz, fazer o que eu quero, estou me sentindo livre", disse Denize, emocionada. Apesar do trauma, ela acredita que conseguirá seguir em frente a partir de agora.

RELEMBRE O CASO

De acordo com a Polícia Civil do Pará, Denize estava em casa quando Denilson invadiu o local e a atacou, desferindo diversas facadas, uma delas no pescoço. Câmeras de segurança da residência registraram a ação do agressor. Como era madrugada de Ano Novo, Nize havia postado fotos de comemoração ao lado de Denilson, momentos antes de ser agredida com facadas. Logo após o crime, Denilson, que tem o nome de Denize tatuado em um dos braços, pulou um muro e fugiu.

MOMENTOS DIFÍCEIS

Nize também precisou de atendimento especializado através do Programa “Entre Elas” que acolhe mulheres vítimas de violência ou em vulnerabilidade social.

"Sempre contamos com uma equipe multidisciplinar de acolhimento, formada por assistentes sociais, psicólogos e advogados. O que mudou é que, agora, nós fazemos não apenas o acolhimento relacionado à violência, mas de mulheres em condição de vulnerabilidade social, que são aquelas que não têm condição de prover a própria subsistência. O Estado tem o poder e dever de canalizar essas demandas. E a Nize foi uma das nossas assistidas neste período difícil", explicou a Chefe da Procuradoria Jurídica da Fundação e coordenadora do programa, delegada Claudilene Maia.