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FÓRUM DE DAVOS

Helder quer ampliar projetos de bioeconomia e as UsiPaz

Em Davos, na Suíça, o governador do Pará participa de reuniões bilaterais para sustentar projetos já consolidados no Pará, além de apresentar e negociar ações para a preservação do meio ambiente.

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Imagem ilustrativa da notícia Helder quer ampliar projetos de bioeconomia e as UsiPaz camera Helder Barbalho participa de reuniões e painéis com autoridades de diversos países | Divulgação

O Governo do Pará quer expandir a implantação dos complexos públicos multifuncionais que estão contribuindo para reduzir a violência no Estado, conhecidos como Usinas da Paz. A ideia é levar essa experiência exitosa para mais municípios paraenses.

Para ampliar a construção e manutenção desses espaços em outras regiões do Pará, o governador Helder Barbalho (MDB) participou de uma reunião bilateral com a CEO global da multinacional norueguesa, Hydro, Hilde Merete Aasheim, uma das principais mantenedoras do projeto, durante a sua passagem pelo Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça.

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O projeto Usinas da Paz é um dos mais importantes instrumentos de transformação social. A Hydro, em parceria com a Vale, são empresas que arcam integralmente com os custos das usinas.

Em Belém já estão em funcionamento a UsiPaz Cabanagem; a UsiPaz Padre Bruno Sechi, no bairro do Bengui; a UsiPaz Jurunas/Condor; a UsiPaz Terra Firme, em funcionamento desde dezembro do ano passado; e a próxima a ser concluída é a UsiPaz do Guamá.

Estão em pleno funcionamento, ainda, as usinas da Paz Amintas Pinheiro, no bairro Icuí-Guajará, em Ananindeua; Antônia Corrêa, no bairro Nova União, em Marituba; e as Usinas da Paz de Parauapebas e de Canaã dos Carajás.

“É importante o suporte da Hydro para a construção de novas Usinas da Paz em Paragominas, Barcarena e em outros municípios do Estado. Um projeto social que dialoga e cuida das pessoas”, antecipou o governador sobre os novos projetos.

Mais de 70 serviços são oferecidos por órgãos estaduais e instituições parceiras à comunidade em cada Usina. Mais de 1,7 milhão de atendimentos já foram realizados, de outubro de 2021 a dezembro de 2022.

SUSTENTABILIDADE

Helder Barbalho aproveitou o encontro para tratar de novos projetos ligados às áreas de energia, mineração e reflorestamento que podem ser executados em parceria com países comprometidos com investimentos sustentáveis para a redução de emissões de carbono. Hilde Merete Aasheim reforçou a parceria que inclui investimentos na chamada energia verde.

O governador teve uma reunião bilateral com a CEO global da Hydro, Hilde, Merete Aasheim
📷 O governador teve uma reunião bilateral com a CEO global da Hydro, Hilde, Merete Aasheim |Divulgação

A Noruega é a principal financiadora do Fundo Amazônia, criado para financiar projetos de redução do desmatamento e fiscalização do bioma, que foi oficialmente restabelecido com a publicação do Decreto 11.368/23, assinado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

O secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará, Mauro O’de Almeida, também participou da reunião e informou possíveis contribuições que podem ser oferecidas pela empresa. “Se faz necessário investimento na área de meio ambiente, como na restauração produtiva, agricultura positiva e outras ações dentro do contexto do Plano Amazônia Agora, que estamos executando”, disse Mauro O’de Almeida.

DICAPRIO

Ontem (17) durante participação em um dos painéis em Davos, a ministra do Meio Ambiente Marina Silva anunciou que a fundação do ator de Hollywood, Leonardo DiCaprio, está fazendo um esforço para arrecadar 100 milhões de dólares para o Fundo Amazônia, voltado ao financiamento de ações para preservação da floresta.

Além da Fundação Earth Alliance, presidida por DiCaprio, a Fundação Bezos Earth Fund, criada pelo dono da Amazon, demonstrou interesse em cooperar com o Fundo.

Com o tema “Colaborando em um mundo fragmentado”, o Fórum Econômico Mundial (World Economic Forum) ocorre no período de 16 a 20 de janeiro em Davos, reunindo líderes mundiais e os principais chefes de estado e de governo. São esperados mais de 50 chefes de Estado e 200 ministros de bancos centrais no evento, que deve reunir 2.700 participantes.

Com protagonismo mundial, especialmente pela candidatura de Belém para sediar a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), em 2025, o Estado do Pará está presente na reunião anual com a liderança do governador Helder Barbalho.

Governador reforça oportunidade do Pará sediar a COP 30

Convidado pela segunda vez a participar da reunião anual do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, o governador do Pará e presidente do Consórcio de Governadores da Amazônia Legal (CAL), Helder Barbalho, inseriu ontem (17), em um debate sobre o clima, a temática da Bioeconomia como uma importante alternativa para preservação da Amazônia, trazendo o desenvolvimento socioeconômico da região e, consequentemente, a contribuição para o equilíbrio climático mundial.

“Existe uma necessidade de agirmos preventivamente, construindo conceitos de economia que possam permitir com que as pessoas tenham acesso ao emprego, renda e oportunidades e, claro, em conciliação com o meio ambiente. Eu pude mostrar que o Estado do Pará não só combate o desmatamento ilegal, como também tem agido na construção de leis”, informou Helder Barbalho.

O chefe do Executivo Estadual explica que o Pará avançou na construção de legislações próprias, transformando-as em políticas públicas de Estado e deu mais segurança jurídica nas ações para preservação do meio ambiente, além de fortalecimento da Bioeconomia e floresta em pé como vetores sustentáveis de desenvolvimento.

“Leis como a Estadual de Mudanças Climáticas, Política Estadual para o Clima e a lei que contribuiu o Programa Amazônia Agora (PEAA)”, exemplificou. “É importante construirmos a partir da Bioeconomia um novo conceito econômico com a floresta viva e investimentos em ciência, tecnologia e inovação somados aos saberes da floresta, atraindo oportunidades”, ponderou Helder Barbalho.

O PEAA tem como objetivo central levar o Pará à neutralidade climática na área de “uso da terra e florestas” antes de 2036 e possui sete eixos de atuação, dos quais quatro são principais e envolvem atividades de fiscalização e licenciamento aprimorados (“Comando e Controle”), atuando no combate aos crimes ambientais e na regulação ambiental de atividades econômicas; ordenamento territorial por meio do Programa Regulariza Pará, que acelera ações de regularidade fundiária, ambiental e sanitária; desenvolvimento socioeconômico de baixas emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), por intermédio do Programa Territórios Sustentáveis, que atua na assistência técnica e geração de crédito à produção rural sustentável, e financiamento ambiental de longo alcance, que tem como expoente o Fundo da Amazônia Oriental, voltado à captação de recursos que estimulem as ações estatais, da sociedade civil e do setor empresarial.

COP30

Com a capital paraense saindo à frente como candidata para sediar a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), em 2025, o governador Helder Barbalho aproveitou a presença no Fórum Econômico Mundial para reforçar a oportunidade singular do planeta para discutir as mudanças climáticas dentro do bioma amazônico.

“Estamos profundamente otimistas de que o Brasil tem a autoridade e, acima de tudo, estatura na relevância diplomática por possuir a Amazônia em seu território e estarmos em 2025 sediando a COP 30. Na condição de presidente do Consórcio de Governadores da Amazônia Legal nos articulamos, e o Brasil acaba de apresentar Belém como cidade candidata para receber esse que é o mais importante evento da agenda climática no mundo”, disse.

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