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Economia criativa cresce  e incentiva empreendedores

Segundo levantamento, o Estado do Pará teve aumento de 11%, entre 2021 e 2022, nesse setor que engloba artes, arquitetura, design, publicidade, moda e tecnologia. Ações incentivam aumento nos negócios

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Imagem ilustrativa da notícia Economia criativa cresce  e incentiva empreendedores camera Peças a partir de pneus e câmaras | FOTO: Wagner Santana

De acordo com um levantamento feito pelo Painel de Dados do Observatório Itaú Cultural, baseado na Pnad Contínua (IBGE), a economia criativa fechou o 3º trimestre de 2022 com cerca 7,8 milhões de trabalhadores alocados no segmento – um aumento de 9% em relação ao mesmo período do ano anterior. No intervalo foram criados 616 mil postos de trabalho.

No Pará, a ampla modalidade que engloba artes, arquitetura, design, publicidade, moda e tecnologia da informação, entre outras atividades, apresentou crescimento de 11% entre o 3º trimestre de 2021 e o 3º trimestre de 2022, registrando 16.514 vagas no período e cerca de 164 mil pessoas empregadas.

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Isabela Sales é designer e tem uma produção focada na sustentabilidade, com peças criadas a partir de pneus e câmaras de ar de pneus descartados. Nas mãos dela, o que iria para o lixo vira calçados, bolsas, cintos, carteiras e brincos, dentre outros acessórios. A ideia surgiu na faculdade de Design, quando pôde estudar o material e identificar seu potencial estético e funcional, assim como a viabilidade produtiva das peças.

“Não sei se entendem exatamente o significado de “economia criativa”, acredito que isso seja na verdade um neologismo para algo que sempre aconteceu; era assim que a economia girava antigamente, as pessoas compravam roupas ou adornos, ou artigos de decoração de seus vizinhos, amigos, com a costureira do bairro, enfim, de quem fazia! A industrialização que mudou um pouco as coisas, né?!”, avalia a profissional.

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Isabela associa um novo momento de valorização desse tipo de criação com a necessidade que as pessoas ainda têm de se sentirem únicas, ou de consumir algo com os quais elas se identificam ou admiram.

“Existe todo um simbologismo de consumir de quem faz. No meu caso, vejo as pessoas se identificando muito não só com os objetos que produzimos aqui no ateliê, mas também comigo e com toda a história por trás dessa produção. Muitas vezes compartilho meus anseios e meus desafios, e percebo que isso gera muita proximidade com a galera, acho que há um interesse real pela troca humana”, relata

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