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TABULEIRO DO EMBAUBAL

Mais de 6 mil quelônios foram soltos no Rio Xingu no Pará

O local onde ocorrreu a soltura, o Tabuleiro do Embaubal, é uma das principais áreas de reprodução de várias espécies.

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Imagem ilustrativa da notícia Mais de 6 mil quelônios foram soltos no Rio Xingu no Pará camera Filhote de quelônios | Divulgação

Cerca de 6,5 mil filhotes de quelônios foram soltos no rio Xingu entre os dias 26 e 27 de novembro, na Unidade de Conservação (UC) Refúgio de Vida Silvestre Tabuleiro (Revis) do Embaubal, no município de Senador José Porfírio, sudoeste paraense. O local é uma das principais áreas de reprodução das espécies Pitiú (Podocnemis sextuberculata), Tracajá (Podocnemis unifilis) e da Tartaruga da Amazônia (Podocnemis expansa).

A iniciativa faz parte da 5ª edição do projeto “Tartarugas do Xingu, realizado em parceria entre o Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio), por meio da Gerência da Região Administrativa do Xingu, com a empresa Norte Energia que há 11 anos promove o monitoramento dos quelônios na região.

Mais de 6 mil quelônios foram soltos no Rio Xingu no Pará
📷 |Divulgação

O Revis Tabuleiro do Embaubal é uma Unidade de Conservação (UC) de Proteção Integral com área de cerca 4 mil hectares, composta por 20 praias, considerado o maior berçário de tartarugas da Amazônia da América Latina. No período da desova, há registros de tartarugas que vêm da bacia do Marajó, Afuá e até da costa do Amapá, algumas espécies migram por mais de 700 km para desovar na (UC).

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Na região, a desova das espécies ocorre entre os meses de setembro e outubro. Desde então, técnicos da Gerência da Região Administrativa do Xingu do (GRX- Ideflor-Bio), em parceria com servidores da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (Semas), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Secretarias Municipais de Meio Ambiente de Vitória do Xingu e Senador José Porfírio, intensificam as ações de fiscalização nas praias da região, para evitar a caça predatória, coleta de ovos, e evitar também a ação de predadores naturais.

Mais de 6 mil quelônios foram soltos no Rio Xingu no Pará
📷 |Divulgação

A ação de fiscalização é intensificada durante o período de eclosão dos ovos, que ocorre entre 45 a 90 dias após a postura. Durante a eclosão a equipe de fiscalização realiza o manejo das covas para facilitar a saída dos filhotes, que são recolhidos para local seguro, e soltos posteriormente, depois da contagem e classificação quanto às espécies, são soltos em local seguro, com objetivo de diminuir a predação natural.

Segundo a presidente do ideflor-bio, Karla Bengtson, a ação integrada garante a sobrevivência de uma maior quantidade de indivíduos. Ela destacou ainda que o Instituto realiza ações de conscientização ambiental nas comunidades do entorno das Unidades de Conservação (UCs), reforçando que a preservação da biodiversidade é um compromisso de todos.

Mais de 6 mil quelônios foram soltos no Rio Xingu no Pará
📷 |Divulgação

Segundo o gerente da Região Administrativa do Xingu do (GRX), Rogério Ferreira, a ação de soltura de quelônios prossegue durante a quarta-feira (30/11) e 07 de dezembro, com ação educativa da Secretaria de Meio Ambiente de Vitória do Xingu, em parceria com o Ideflor-Bio. Cerca de 30 estudantes participarão da ação educativa. "A atividade extraclasse visa a conscientização dos estudantes sobre a responsabilidade de todos com à preservação do meio ambiente e seus recursos naturais", disse o gerente Rogério Ferreira.

Para o engenheiro de pesca do Ideflor-Bio, Atilla Melo, que integra a equipe responsável pela inspeção dos locais de desova, o trabalho de monitoramento consiste na fiscalização diária, monitoramento da rotina de comportamento, acompanhar o nascimento, resgate dos animais durante o período noturno, e após a contagem, 20% são pesados e medidos. “Na região as espécies chegam a colocar cerca de 2 milhões ovos”, disse o engenheiro de pesca.

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