plus
plus

Edição do dia

Leia a edição completa grátis
Edição do Dia
Previsão do Tempo 29°
cotação atual R$


home
É EMOCIONANTE. ASSISTA!

Rapaz com paralisia cerebral nada com os botos no Pará

A experiência lembrou o trabalho de bototerapia que vem sendo desenvolvida no Amazonas.

twitter Google News
Imagem ilustrativa da notícia Rapaz com paralisia cerebral nada com os botos no Pará camera Rodrigo tem paralisia cerebral. | Reprodução

Quem já teve a oportunidade de nadar ou manter algum tipo de contato mais próximo com os botos da Amazônia compreende o motivo das lendas darem a estes animais um certo encantamento. De fato, é algo mágico. E o Rodrigo Silva, de 37 anos, viveu essa experiência, recentemente. Com poucos meses de vida, ele foi diagnosticado com encefalopatia crônica (paralisia cerebral). A doença afetou a coordenação motora e a fala.

Rodrigo foi diagnosticado com encefalopatia crônica (paralisia cerebral) nos primeiros meses de vida
📷 Rodrigo foi diagnosticado com encefalopatia crônica (paralisia cerebral) nos primeiros meses de vida |Arquivo da Família

Acompanhado do irmão, Danilo Silva, 39, e da fisioterapeuta Raira Françoise, Rodrigo foi até Mocajuba, no nordeste paraense, para conhecer e nadar com os botos que todas as manhãs visitam à orla da cidade.

A empreitada funcionou como uma espécie de bototerapia, que é uma técnica de terapia assistida por animais (TAA) que vem sendo desenvolvida pelo fisioterapeuta Igor Simões Andrade, no Amazonas. Lá, Igor trabalha com o boto cor-de-rosa.

Cachorrinhos visitam hospital: os benefícios da pet terapia

A bototerapia tem seus fundamentos nos princípios físicos da água (empuxo, pressão hidrostática, flutuação, entre outros), somado ao contexto lúdico que traz a presença do boto para o tratamento de patologias como autismo, Síndrome de Down e paralisia cerebral.

Raira destacou que ainda não trabalha com a bototerapia, apenas fez o convite para Rodrigo e Danilo com o intuito de observar como o paciente iria reagir. A ideia inicial foi meramente oferecer um lazer diferente. Os primeiros resultados foram, além da felicidade no rosto de Rodrigo, ver como ele reagiu e se comportou durante a interação com os animais.

Rapaz com paralisia cerebral nada com os botos no Pará
📷 |Arquivo da Família

“O Rodrigo faz acompanhamento especializado na clínica onde trabalho. É assistido por três fisioterapeutas e como eu sou de Mocajuba, fiz o convite. Acompanhei todas as etapas, desde a entrada dele na água, até a forma que os botos se aproximaram”, explicou Raira.

A terapia assistida por animais vem sendo cada vez mais adotada, principalmente em pacientes com depressão e ansiedade. “É uma técnica muito ampla. Ajuda a diminuir a ansiedade e a depressão, aumenta os níveis de endorfina, hormônio que ocasiona a sensação de bem-estar, além de melhorar a capacidade, comunicação e a socialização”, destacou a fisioterapeuta.

Medicina complementar; Além dos tratamentos convencionais

Danilo frisou que o irmão faz acompanhamento com fonoaudiólogos, fisioterapeutas e também tem apoio pedagógico. “Isto tem ajudado muito o desenvolvimento dele. Para você ter ideia, ele, antes, nem sentava. Hoje, já fica sentado. Ele tem uma saúde muito boa, as limitações deles são motoras”, destacou o irmão.

“Eu nem sabia da existência da bototerapia. A Raira deu suporte e lá comentou deste tipo de tratamento. A gente pode dizer que no caso com o Rodrigo, fluiu naturalmente. Quando ele viu os botos tentou ‘bater palmas com os pés’ que é uma das formas dele manifestar a alegria que sente”, contou Danilo.

Assista ao vídeo que a família compartilhou:

A fisioterapeuta espera que em breve seja possível trabalhar com essa técnica no Pará. Ela já entrou em contato com Igor para obter mais informações sobre a pratica.

A área que os botos costumam aparecer em Mocajuba é chamada de Mirante do Boto. A visitação ao espaço e a interação com os animais é monitorada pelo pesquisador Ricardo Calazans, que presta orientações sobre como pode ser feita a interação entre humanos e botos. Ele também acompanha a reprodução e o comportamento dos animais. A cantora Preta Gil já esteve no mirante.

Pelo menos 12 mamíferos da espécie Inia araguaiaensis (também conhecidos por botos vermelhos) foram catalogados. Eles chamam a atenção de feirantes, pescadores, consumidores e turistas, que não resistem a esta aproximação e acabam passando a manhã juntos.

VEM SEGUIR OS CANAIS DO DOL!

Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.

tags

Quer receber mais notícias como essa?

Cadastre seu email e comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Conteúdo Relacionado

0 Comentário(s)

plus

    Mais em Notícias Pará

    Leia mais notícias de Notícias Pará. Clique aqui!

    Últimas Notícias