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CULTURA

Legado musical de Sebastião Tapajós é patrimônio do Pará

De autoria da deputada Dilvanda Faro (PT), PL 13/2022 foi aprovado por unanimidade na Assembleia Legislativa

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Imagem ilustrativa da notícia Legado musical de Sebastião Tapajós é patrimônio do Pará camera O músico faleceu no dia 02 de outubro de 2021. | Divulgação

Filho de Alenquer, o violonista Sebastião Tapajós deixou um legado inestimável para a cultura paraense. Em reconhecimento ao seu trabalho, o governador Helder Barbalho sancionou a Lei nº 9.652, que declara a sua obra musical como Patrimônio Cultural e Imaterial do Estado. De autoria da deputada estadual Dilvanda Faro (PT), a proposição foi aprovada por unanimidade na Assembleia Legislativa do Pará (Alepa). A nova Lei entrou em vigor no dia 1º de julho, após publicação no Diário Oficial do Estado.

Sebastião Pena Marcião nasceu em 16 de abril de 1943. O músico estudou na Europa, onde se formou no Conservatório Nacional de Música de Lisboa. Estudou também na Espanha e dedicou-se à pesquisa de música popular e folclórica.

Sua discografia é extensa. Ele gravou mais de 50 discos, sendo o primeiro de 1967, com o nome de "Violão e Tapajós", e o último, de 2014, com o título de "Violões do Pará".

Em 1970, fez turnês ao lado de Paulinho da Viola e Maria Bethânia, gravou na Alemanha e ainda lançou discos com temas regionais do Pará e da América Latina. Gravou também com o Zimbo Trio, Maurício Einhorn, Gilson Peranzzetta, Jane Duboc e Nilson Chaves, com quem dividia a cultura e a vida, sendo um de seus grandes amigos.

Sebastião recebeu, em 1992, o prêmio de Melhor Músico Brasileiro, concedido pela Academia Brasileira de Letras e, em 2013, recebeu o título de Doutor Honoris Causa da Universidade do Estado do Pará (UEPA) e da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA).

A partir de uma iniciativa de amigos do músico, em 2017, foi fundado o Instituto Sebastião Tapajós para divulgar a obra do violonista e de outros artistas locais.

Sebastião Tapajós morreu no dia 2 de outubro de 2021 vítima de um infarto agudo do miocárdio. O violonista, consagrado no Brasil e na Europa, tinha 79 anos de idade.

O violonista deixou um legado à cultura do Brasil e do mundo, levando a Amazônia para todos os lugares por onde passou.

"Este Projeto de Lei tem como objetivo reconhecer e dar o devido valor para o legado do violonista para o Estado do Pará e o mundo. É mais reconhecimento e zelo por sua contribuição artística e cultural deixado por Sebastião Tapajós. Um patrimônio cultural que deve ser conhecido pelas próximas gerações e que certamente dará sua contribuição ao meio acadêmico e a futuros músicos, que terão em Tapajós sua maior inspiração", defende a deputada Dilvanda Faro.

Mais informações sobre a vida e obra de Sebastião Tapajós podem ser conferidas no site: www.sebastiaotapajos.com.

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