Hemopa celebra Dia Mundial do Doador de Sangue

Além de ser 100% seguro, doar sangue é um ato bastante simples para quem dá, mas de uma generosidade com benefícios imediatos e imensos para muitos pacientes. Estima-se que um único doador pode salvar até quatro vidas, além de ajudar a melhorar a saúde e a qualidade de vida das pessoas necessitadas.

Por isso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) designou 14 de junho de cada ano como o Dia Mundial do Doador de Sangue, como forma de agradecer aos doadores voluntários e conscientizar a população em geral sobre a necessidade de fazer doações regulares para garantir a qualidade, segurança e disponibilidade do sangue e seus produtos derivados.

A data foi escolhida em homenagem ao nascimento de Karl Landsteiner, patologista e biólogo austríaco que descobriu os grupos sanguíneos ABO e ganhou o prêmio Prêmio Nobel de Medicina em 1930. O lema do Dia Mundial do Doador de Sangue 2022 é: "Doar sangue é um ato de solidariedade. Junte-se ao esforço e salve vidas".

O Dr. Paulo Bezerra, presidente da Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará ( Hemopa), aproveitou a data para agradecer aos doadores de sangue cadastrados no Hemopa e também para convidar mais pessoas a praticarem esse ato de solidariedade.

"Hoje (14) estamos comemorando o Dia Mundial do Doador de Sangue, uma homenagem aos nossos doadores, a quem somos muito gratos. A Fundação Hemopa, ao longo de todos esses anos, já atingiu a marca de 1 milhão de doadores. Agora, esperamos pelo próximo 1 milhão", comentou.

Apesar disso, no Brasil, os serviços de sangue enfrentam uma luta quase que diária para fornecer sangue suficiente e garantir sua qualidade e segurança. Segundo a OMS, seria necessário que de 1,5% a 3% da população elegível para doar o fizesse com regulatidade para garantir um suprimento de . Atualmente, no país, esse número não ultrapassa 1,8%, uma das mais baixas taxas de adesão na América Latina.

A baixa doação voluntária mantém os bancos de sangue permanentemente em crise, limitando seu nível de resposta a transfusões emergenciais que exigem imediatismo.

Ato de amor

Para o pintor José Maria da Silva, a doação de sangue é um habito mantido com regularidade há pelo menos 44 anos. Ele conta que tinha apenas 17 anos quando esteve pela primeira vez em um hemocentro.

"Na verdade, foi a necessidade de um vizinho que nasceu com leucemia e o pais precisavam de doares para repor o estoque a cada dois meses. Por isso, o pai dele me convidou para que eu pudesse ajudar. E desde então a gente continuou. Hoje tenho 44 anos de doação. No mínimo, eu venho aqui quatro vezes no ano", revelou.

O peixeiro Aluízio Júnior, de 26 anos, também compareceu ao Hemopa na manhã desta terça-feira(14). Ele decidiu fazer a doação após uma campanha de mobilização na empresa onde trabalha. O jovem aproveitou a oportunidade para exortar a população paraense que cumpre os requisitos para fazer esse “ato de amor” e "pensar no próximo".

"Eu acredito que é muito importante que as pessoas, assim como eu, também se sensibilizem com a questão da doação, pois querendo ou não, é uma coisa que pode fazer total diferença na nossa vida. Ser doador não é simplesmente você vir aqui, mas é você ter empatia e se colocar no lugar do próximo. Doação é um ato de amor, é pensar na vida, é pensar no próximo", concluiu.