O Brasil foi identificado como um dos 18 países com maior potencial para erradicar a malária, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Para que essa projeção se torne realidade, porém, é importante que as autoridades sanitárias trabalhem no fortalecimento dos planos de intervenção para sua prevenção, controle e eliminação.
Responsável por milhões de mortes ao longo da história, a malária atualmente é uma doença facilmente tratável. No entanto, quando o diagnóstico não é feito de forma precoce, o quadro pode evoluir para febres altas, cansaço extremo, alteração da consciência, hemorragias e outros sintomas preocupantes, inclusive podendo chegar a óbito nos casos mais graves.
Neste domingo (1º), a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) realizou uma ação educativa e de conscientização sobre a doença, no Parque do Utinga, em Belém, ainda em alusão ao Dia Mundial de Luta Contra a Malária, comemorado no último dia 25 de abril. O evento, que contou com a participação de centenas de pessoas, teve duração de 5 horas.
Na ocasião, Paola Vieira, coordenadora estadual do Programa de Controle da Malária, vinculado à Sespa, destacou a importância do diagnóstico precoce, que identifica o protozoário causador da malária. A partir de um exame simples e que é oferecido gratuitamente pelos serviços de saúde pública, ela lembra que pode ser feito um tratamento, que também será realizado sem custos para o paciente.
“O que é mais importante é saber identificar a doença. É preciso desconfiar sempre de malária. Como nós estamos em uma região endêmica, temos que estar sempre atentos a isso. Teve febre alta recorrente, geralmente no mesmo horário, com calafrios, dores de cabeça e náuseas e dor de cabeça, o melhor é procurar uma unidade de saúde para fazer o exame de malária”, orientou Paola Vieira.
De acordo com a especialista, o surto de malária que vem sendo registrado em Belém está sob controle. Ainda assim, ela ressaltou a importância dos moradores da capital não relaxarem a atenção aos sintomas clássicos da doença. Até a última sexta-feira (29), a Sespa já havia confirmado 27 casos de malária na capital paraense.
“É importante a gente frisar que qualquer município da região amazônica é considerado endêmico para a malária. Então, nós temos vários municípios com casos de malária, mas todos com casos controlados. Mas qualquer município tem a chance de sofrer um surto. O importante é sempre desconfiar dos sintomas e procurar atendimento nas unidades de saúde”, pontuou.
Impaludismo
A malária é uma doença infecciosa evitável, causada por um parasita do gênero Plasmodium e transmitida pela picada da fêmea do mosquito Anopheles, popularmente conhecido como mosquito-prego, ao contrário da Zika, dengue e chikungunya, que são causadas por vírus. No caso da malária, o hospedeiro intermediário é o ser humano, uma vez que a única forma de um mosquito se contaminar é picando um indivíduo previamente infectado com o parasita.
O paciente com malária pode apresentar febre com calafrios, dores musculares, suores noturnos, diarreia, dor abdominal e palidez. Por esta razão, a malária também é chamada de impaludismo. Para se prevenir, recomenda-se o uso de mosquiteiros; roupas que protejam pernas e braços; telas em portas e janelas, além do uso de repelentes.
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