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Estudante paraense sonha em ser engenheira espacial

A paixão pelo espaço sideral surgiu aos 5 anos de idade, enquanto Isabella assistia filmes e séries ligados à astronomia

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Imagem ilustrativa da notícia Estudante paraense sonha em ser engenheira espacial camera Isabella Gomes coleciona premiações e cursos sobre astronomia e se tornou cientista júnior | Wagner Almeida/Diário do Pará

“Eu quero levar a humanidade para Marte”, afirma a jovem cientista Isabella Fernanda Gomes, de 10 anos. A paraense sonha ser engenheira aeroespacial e já concluiu ao menos 25 cursos nas áreas de astronomia, cosmologia, astronáutica, robótica, astroquímica, astrofísica e astrobiologia. Além disso, Isabella é vencedora em 10 olimpíadas científicas que envolvem lógica, matemática e questões ambientais.

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O fascínio de Isabella pelo espaço sideral teve início aos 5 anos de idade, por meio de filmes e séries ligados a astronomia, como “Expedição Marte”. Logo aos 8 anos, a menina já se interessava em pesquisar na internet os mais diversos cursos e olimpíadas voltados para a área, mas a vontade de investir na profissão veio em 2020, no início da pandemia do coronavírus, quando ficou ociosa em casa pela ausência das aulas presenciais.

Durante esse período, a menina aproveitou o tempo livre para fazer formações on-line e gratuitas de universidades públicas e instituições que fomentam a pesquisa científica no país. Foi assim que Isabella descobriu algumas preferências. “Eu tenho três planetas favoritos, o primeiro é Marte, segundo é Saturno e terceiro é Júpiter porque ele é o pai de todos os planetas. Marte é meu planeta favorito porque é um planeta que pode habitar vida e daqui a milhões e milhões de anos suas luas vão colidir e formar os anéis de Marte”, explica a cientista.

Na parede do quarto, ela exibe os inúmeros certificados de eventos que já fez parte, em especial três: Caça Asteroide, Astronauta Análoga e ArtSat. No primeiro, promovido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), em parceria com a Nasa, Isabella detectou cinco asteroides. Já no segundo, pelo projeto Habitat Marte, a menina teve a oportunidade de conhecer as condições do planeta vermelho em uma simulação no sertão de Caiçara do Norte.

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A sede pelo conhecimento e a constante dedicação aos cursos chegou a preocupar a economista Larissa Gomes, mãe de Isabella, que passou a controlar o horário da filha para que sobrasse tempo para brincar. “Eu ficava um pouco com pé atrás porque ela queria estudar muito e eu ficava ‘minha filha, brinca, brinca’, fazendo aquelas restrições e ela falava ‘mãe, já brinquei, agora eu quero estudar’. Eu preciso também dar um direcionamento porque ela tem que sair, pegar sol, pegar na terra, brincar porque é uma criança”, conta Larissa.

Toda dedicação pelo estudo da vida fora do planeta tornou o sonho da pequena mais próximo. No fim deste ano, ela ingressou no Instituto Nacional Leva Ciência (INALC) como Cientista Junior, um incentivo a mais para o começo da carreira como cientista, onde vai devolver pesquisas junto de especialistas, mestres e doutores sobre astronomia. “A gente tá para viver o sonho dela. A gente tá sempre acompanhando. “Se ela quer levar a humanidade para Marte bora ver o que a mamãe e o papai podem fazer para ela realizar esse sonho”, afirma a mãe.

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