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EDUCAÇÃO FINANCEIRA

Motoristas de app e o malabarismo econômico sobre 4 rodas

Reportagem ouviu relatos destes profissionais do volante que fazem parte de uma categoria recente, e que encontraram neste trabalho uma forma de garantir ou mesmo complementar a renda. O desafio é conciliar os ganhos com os gastos.

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Imagem ilustrativa da notícia Motoristas de app e o malabarismo econômico sobre 4 rodas camera Na luta pelo sustento diário, o destino são as ruas da Grande Belém | Foto: Emerson Coe

As corridas que pagam as contas

Há cerca de dois anos e meio, William Andrade estava desempregado e encontrou nas pequenas oportunidades uma forma de levar comida para dentro de casa. Começou trabalhando em um açougue com o sogro. Nos intervalos, revirava as vagas de emprego até que arranjou um serviço em uma lanchonete. Nenhum trabalho tinha carteira assinada, eram todos “bicos” e não duraram muito, mas o pouco foi o suficiente para que não ficasse sem ter o que oferecer para a família.

O certificado de ensino superior como tecnólogo de Sistema de Informação ficou guardado na gaveta, então a situação apertou e sem qualquer perspectiva de melhorias financeiras decidiu ser motorista de aplicativo.

William Andrade investiu em um carro próprio para se dedicar inteiramente ao aplicativo
📷 William Andrade investiu em um carro próprio para se dedicar inteiramente ao aplicativo |Foto: Arquivo Pessoal

“Eu lembro da minha primeira corrida. Comecei em um sábado de manhã. Foi em frente à Paróquia São Judas Tadeu, na [avenida] Alcindo Cacela, em Belém. Eu levei uma senhora até a avenida Nazaré em um prédio. Quando eu vi o dinheiro na minha mão foi uma alegria porque eu pude perceber que realmente essa plataforma ajuda nos ganhos. Apesar das dificuldades hoje, percebi que começaria a melhorar financeiramente a minha vida e a da minha família”, lembra.

A primeira plataforma na qual fez parte foi a 99. “Ela é mais rápida. O processo de ingressar é mais rápido do que na Uber”, justifica.

Quando o sogro estava vivo, usava um modesto Fiat Uno de 1998 emprestado por ele para contribuir no aumento da renda. Depois da morte do pai de sua esposa pela Covid-19, vendeu o carro, juntou as poucas economias e comprou um novo veículo: um HB20. A partir daquele momento, estava decidido a se dedicar inteiramente ao aplicativo, dessa vez com um veículo de sua propriedade; detalhe muito importante que mais a frente será abordado.

Em qualquer atividade empreendedora, o objetivo é obter ganhos que possam compensar o trabalho e os gastos despendidos. Um conceito mais que importante dentro da matemática financeira a ser considerado é o lucro. Ele consiste no ganho em uma transação comercial, considerado um rendimento positivo obtido por meio de uma negociação.

Dentre os muitos serviços que estão inseridos no trabalho de motorista de aplicativo estão aqueles indispensáveis que sem eles o veículo sequer sairia do lugar: manutenção e combustível, além dos pacotes de internet e o próprio aparelho telefônico. Itens essenciais para concretizar a relação de comunicação entre empresa, motorista e cliente.

Internet: para se manter conectado, motorista paga planos que variam de R$ 80 a R$ 150
📷 Internet: para se manter conectado, motorista paga planos que variam de R$ 80 a R$ 150 |Emerson Coe
Siga essas orientações para fazer o seu combustível render
📷 Siga essas orientações para fazer o seu combustível render |Infografia: Fernanda Palheta

CENÁRIO DE DIFICULDADE E FORÇA PARA CONTINUAR

“De uns dois meses pra cá teve muita gente, muito conhecido meu que entregou o automóvel porque o cara não aguenta”, desabafou Gilberto Brito, motorista de aplicativo. Ele se entrega às corridas durante a semana para tentar faturar, no final do mês, aproximadamente, R$ 1,2 mil.

Segundo relatou à reportagem, acorda cedo todas as manhãs para sair às 5h. Dedica apenas 40 minutos do seu dia para almoçar e descansar, pois acha que demorar pode afetar seu rendimento. Às vezes, nem isso consegue em virtude do breve intervalo entre uma corrida e outra quando o dia está agitado. Somente depois das 20h decide pôr fim a essa rotina exaustiva pelas ruas da Grande Belém. O valor final varia com certa frequência, mas diz se empenhar muito para buscar esse montante, nem que precise se privar do lazer com a esposa. “Você ganha pouco, só o suficiente para sobreviver”, conta.

Gilberto também é mecânico de máquinas pesadas, ele reconhece a oportunidade de faturar usando o próprio carro, que muito o ajudou quando não tinha o que comer, embora deixe claro que se trata de um trabalho secundário tão logo surge a chance de exercer a profissão original. Afinal, o que cumpre em um único serviço, segundo ele, equivale quase o mês trabalhado como motorista.

“Eu paro o meu aplicativo na hora e vou atender os meus clientes”, diz, sem ter que pensar muito na resposta. “O combustível tá muito caro, tem também o óleo, o pneu, é tanta coisa”, reflete sobre as despesas.

Troca de pneus e peças: um desafio para quem roda diariamente e que pesa na balança na hora de economizar.
📷 Troca de pneus e peças: um desafio para quem roda diariamente e que pesa na balança na hora de economizar. |Ricardo Amanajás

Cancelamentos, pandemia, inflação e aumento da gasolina

A pandemia do novo coronavírus atingiu diretamente os trabalhadores informais, entre eles os motoristas de aplicativo que ficaram reféns das restrições de circulação impostas, assim como a adoção do home office (trabalho remoto). Os profissionais tiveram suas atividades interrompidas de forma brusca, provocando um expressivo impacto econômico e social. Em alguns estados, a alternativa foi ampará-los por meio de auxílios financeiros, a exemplo do “Renda Pará”, no Pará, que forneceu o valor único de R$ 500 para ajudar nas despesas.

Quando o ano virou, trouxe na bagagem notícias animadoras sobre as vacinas e as expectativas de uma possível retomada para algo mais próximo do “antigo normal”. As medidas restritivas relaxaram nas grandes cidades e o mercado deu indícios de que poderia se aquecer para o turismo, o que consequentemente iria reabrir as portas para os motoristas de aplicativo que, naquela altura, estavam se readequando às novas exigências das empresas como parte dos protocolos sanitários. A categoria, porém, já fragilizada estava diante de um cenário instável.

“Dava pra encher o tanque com R$ 150”, lembra William, que hoje trabalha com um itinerário reduzido durante a semana depois de ter conseguido, meses depois, uma vaga de emprego em uma área administrativa.

“Pra economizar, eu tenho evitado aceitar viagens longas, tento rodar próximo de casa. Moro na Condor [o bairro], então faço rotas próximas, como Guamá, Cremação e Jurunas. Antes eu fazia para Marituba ou Santa Isabel [cidades da Grande Belém], mas não vale a pena, especialmente por causa da gasolina”, avalia. Alternando entre os dois trabalhos, dedica os ganhos na plataforma somente ao carro, energia da casa e a escola do filho.

A atitude de William tem se tornando comum entre a classe, que está cada vez mais inclinada a não aceitar as corridas quando o percurso é considerado longo demais, uma vez que seu retorno pode não compensar os valores das manutenções e, principalmente, o combustível. O resultado é a grande quantidade de clientes insatisfeitos.

Sem falar no preço dos combustíveis, que disparou e mais prejudicou a atividade da classe
📷 Sem falar no preço dos combustíveis, que disparou e mais prejudicou a atividade da classe |Celso Rodrigues/Arquivo

INFLAÇÃO E REAJUSTES DOS COMBUSTÍVEIS

Sim. "Reajustes", no plural. O fato se tornou rotina nos últimos meses com os constantes aumentos. Em 18 de janeiro de 2021, foi feito o primeiro reajuste no preço do combustível no país. O litro saltou de R$ 1,84 para R$ 1,98. Dez meses depois, alcançou mais de 70%. Em outubro desse ano, a gasolina foi declarada como a responsável pela maior inflação no Brasil desde 2002. Encher um tanque custa R$ 107 a mais do que no ano passado. Consequentemente, esses sintomas refletiram na fuga de motoristas das plataformas, nas elevadas taxas de cancelamento de corridas e nas escolhas por trajetos menores e pagamentos em dinheiro.

Devido a esses vários tropeços, seguir na plataforma de atuação escolhida tem se tornado um desafio e a desistência, uma realidade. Assim como ilustram os dados levantados pela Associação dos Motoristas de Aplicativo de São Paulo (Amasp) que crava: 25% dos motoristas de aplicativo que rodavam em 2021 abandonaram o setor.

Reforçando esse cenário, surge as observações feitas pela Associação Brasileira de Locação de Automóveis (Abla), que informou recentemente que “uma a cada quatro pessoas que alugam carro para trabalhar como motorista de aplicativo abandonou a atividade". Em outras palavras, entregou o veículo, pois não tinha condições de seguir em frente.

Professor Alexandre Damasceno recebe um "novo aluno" e divide os conhecimentos sobre economia que fazem a diferença na rotina de um motorista de aplicativo
📷 Professor Alexandre Damasceno recebe um "novo aluno" e divide os conhecimentos sobre economia que fazem a diferença na rotina de um motorista de aplicativo |Emerson Coe

Rodar é preciso. Educar também é.

Entre os gastos e o lucro existe uma escada. Cada degrau representa objetivos e obrigações (diárias ou mensais): pagar aluguel, internet, saúde e educação; garantir o sustento de casa; fazer a manutenção, abastecer e o licenciamento do veículo. Uma infinidade de obrigações que, quando não existe o devido cuidado, podem significar um trabalho em vão ou prejuízos.

O acompanhamento dessas obrigações consiste na Educação Financeira que, de acordo com o Banco Central do Brasil, "é o processo mediante no ​qual consumidores e investidores financeiros melhoram a sua compreensão sobre produtos, conceitos e riscos financeiros e, por meio de informação, instrução ou aconselhamento objetivo, desenvolvem as habilidades e a confiança necessárias para se tornarem mais cientes dos riscos e oportunidades financeiras para fazer escolhas baseadas em informação, saber onde procurar ajuda e realizar outras ações efetivas que melhorem o seu bem-estar financeiro".

Na tentativa de um melhor entendimento sobre a educação financeira e como esse princípio pode ajudar no cotidiano dos profissionais que trabalham atrás dos volantes, a reportagem conversou com o professor de matemática Alexandre Damasceno, que inicia a elucidação da proposta com a seguinte afirmação:

- A gente deve sempre comparar o que a gente recebe com o que a gente gasta. O primeiro deve ser sempre maior do que o segundo.

Na aula de educação financeira, Rodrigo teve contato com três itens essenciais para garantir um bom desempenho com o dinheiro que administra.
📷 Na aula de educação financeira, Rodrigo teve contato com três itens essenciais para garantir um bom desempenho com o dinheiro que administra. |Emerson Coe

A teoria, porém, nem sempre consegue ser aplicada. Nesse cenário ardiloso, com taxas oscilantes e os ganhos disputando espaço com os saldos negativos da carteira financeira, fica em segundo plano qualquer tentativa de experimentar uma abordagem positiva com o dinheiro. Acrescente também quando o indivíduo não tem o hábito ou o conhecimento básico para economizar, como é o caso do Rodrigo Costa que, aos 25 anos, corre para pagar as dívidas e sustentar a esposa e a filha.

“Quando eu comecei, a gasolina custava R$ 5,59, depois disso foi só aumentando”, lembra. Ele trabalha como motorista de aplicativo há aproximadamente dois meses, mesmo período em que pensou também em desistir por estar cada vez mais insustentável manter o aluguel do veículo, que é de um amigo, somado aos serviços de manutenção.

Rodrigo trabalhou como torrista por longos dez meses, tendo sido responsável pela manutenção e a montagem dos linhões. O contrato encerrou, mas não as contas e as necessidades dentro de casa, motivo pelo qual decretou para si que deveria reunir, no mínimo, R$ 300 por dia, contemplando o carro, a gasolina e ele.

“O que eu recebo vai tudo para as contas”, justifica. Como muitos, Rodrigo tem uma relação com o dinheiro bastante conhecida por nós: as prioridades são as que surgem na hora, não adota pequenos fundos de reserva e não contabiliza os gastos diários.

“A educação financeira está ligada ao comportamento, por isso uma das coisas que a gente observa muito são os comportamentos em relação ao dinheiro. A geração que está vindo vai ter uma educação sistematizada, vai ter estudos e um material didático apropriado, enquanto a nossa geração e a atual não teve isso”, observa o professor.

No vídeo, o motorista Rodrigo Costa tem uma breve aula sobre educação financeira com o professor Alexandre Damasceno Gravação e Edição: Emerson Coe
Professor Alexandre Damasceno exibe os três livros que escreveu sobre educação financeira, direcionados para crianças, jovens e adultos
📷 Professor Alexandre Damasceno exibe os três livros que escreveu sobre educação financeira, direcionados para crianças, jovens e adultos |Emerson Coe

Autor de três livros didáticos sobre o tema dedicado a crianças, jovens e adultos, o docente orienta, especialmente aos motoristas de aplicativo, a quem ele chama de “empreendedores”, que avaliem se o cenário é favorável e se possuem condições para concretizar esse objetivo. “Quando eu digo que eles são empreendedores eu me refiro a duas situações: por oportunidade ou necessidade. O primeiro complementa a renda e o segundo, que representa a grande maioria, usa por necessidade. Nessa aventura, ele [motorista] não coloca no papel [os gastos], não tem uma sistematização desse planejamento. Se você tem esses itens na ponta do lápis, vai observar se está pagando para trabalhar, se está neutro ou se está ‘superavitário’ (ganhando)”.

Conhecer a educação financeira e seus princípios básicos possibilita que esses profissionais tenham uma grande aliada nesse mundo de malabarismo sobre quatro rodas.

“Deve-se fazer um planejamento. Comece com a pesquisa, ela é importante para fazer o levantamento do aluguel do carro, o preço do combustível, quantas horas serão trabalhadas e se essa atividade será fundamental ou se poderá buscar uma alternativa para suprir a urgência. Esses pontos devem ser considerados antes de tomar uma decisão”, aconselha o docente, ilustrando a chamada “tomada de decisões” na Psicologia Econômica. “Uma tomada de decisões erradas, ao invés de te ajudar, vai complicar”, frisa.

No vídeo, o professor Alexandre Damasceno fala sobre o conceito da educação financeira e os primeiros passos para aplicá-la no cotidiano Gravação e Edição: Emerson Coe
Os perfis dos motoristas entrevistados na reportagem: quais as metas estipuladas e quais contas priorizam
📷 Os perfis dos motoristas entrevistados na reportagem: quais as metas estipuladas e quais contas priorizam |Infografia: Fernanda Palheta

O SEGREDO PARA COMEÇAR A ECONOMIZAR

Não existem fórmulas mágicas em relação às finanças, mas existem dicas que contribuem para uma mudança significativa na vida de quem opta por adotá-las. São pequenos hábitos que, embora difíceis de serem executados no começo, são transformadores a longo prazo e podem ser aplicados por qualquer pessoa, sejam trabalhadores formais ou informais. Afinal, entende-se como pontos primordiais a organização e a disciplina para o bom controle das finanças ao invés de focar apenas no quanto se ganha.

1) Reveja os gastos:

“Conhece-te- a ti mesmo”. Coloque na ponta do lápis os gastos fixos (aluguel, energia, água) e os variáveis (academia, viagem, comer fora de casa). Priorize sempre o primeiro e identifique no segundo o que pode ser evitado temporariamente para ajudar a reduzir as despesas futuras.

2) Reserva emergencial:

Alguns eventos na vida são esperados, outros não. Por isso a importância do dinheiro guardado para ter acesso a uma renda extra, ainda que pareça pequena. A quantia te dará segurança para suprir necessidades básicas caso aconteça algo que deixe você sem a fonte de renda por um período. Essa reserva costuma ser usada em casos de perda do emprego, acidentes, falecimentos, perda de bens materiais ou em reparos em casa.

3) Analise todas as dívidas:

Considere as mais importantes nessa ordem: valor, prazo de pagamento e taxas de juros. Verifique quais não serão possíveis pagar de imediato, então tente renegociar. Se isso também não for possível e ainda implicar no cancelamento de um algum serviço, priorize o pagamento.

4) Aposentadoria:

Pouco se pensa em como se deseja viver ao atingir a melhor idade, especialmente no caso dos trabalhadores informais, que não terão como recolher esse benefício no futuro. Uma alternativa é a previdência do sistema privado, considerado um modelo de investimento a longo prazo com foco na terceira idade. Tenha em mente todos os aspectos da sua vida e as atividades que fará após se aposentar.

5) Guarde dinheiro

Cada um reconhece a realidade que vive, por isso adapte esse conceito. Tente reservar 10%, 5% ou até 1% do que ganha. O importante aqui é criar o hábito e transformá-lo em um objetivo futuro. Poupar significa acumular valores no presente para investi-los no futuro. Com paciência, o planejamento ganhará forma e você conseguirá montar uma boa reserva e atingir outros objetivos financeiros.

Classificar as despesas corretamente é um dos primeiros passos para se educar financeiramente
📷 Classificar as despesas corretamente é um dos primeiros passos para se educar financeiramente |Infografia: Fernanda Palheta

PLATAFORMAS: O QUE O OUTRO LADO OFERECE

Muito se fala em aplicar esses conhecimentos dentro da própria realidade, porém, trabalhar em um ambiente que facilite esse caminho também são pontos a serem considerados. Questionadas se é oferecido um programa de treinamento ou orientação para esses profissionais, uma das plataformas de aplicativo citadas na reportagem respondeu.

UBER

A "Uber Avança" seria um desses projetos de destaque, dedicada a ajudar os profissionais a gerenciar as finanças a partir de conhecimentos básicos sobre gestão financeira, controle de gastos, gerenciamento de dívidas e planejamento para o futuro. No Brasil, a iniciativa conta também com o apoio do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas). Entre as outras iniciativas citadas, estão: parcerias que oferecem descontos no abastecimento; a criação de uma conta digital para receber os ganhos de uma corrida assim que ela encerra, a Uber Conta; e convênios com clínicas particulares em algumas cidades brasileiras".

99

A 99 não respondeu aos questionamentos, mas a partir de uma busca sobre o assunto foi possível encontrar algumas iniciativas da empresa, a exemplo do “Taxa Zero”, que diz garantir ao motorista o valor integral da corrida em alguns dias e horários da semana; a parceria com um posto de combustível para ganhar 10% de desconto; e R$ 150 oferecidos aos motoristas recentemente aprovados na plataforma para despesas iniciais, desde que completadas dez corridas.


Reportagem: Fernanda Palheta

Edição: Kleberson Santos

Gravação e edição de vídeo: Emerson Coe

Infografia: Fernanda Palheta

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