Vídeo: bandidos comemoram com fogos a exoneração de PM

A morte do pedreiro Antônio Ivaldo Queiroz, torturado e morto por agentes da Polícia Militar dentro de casa, no último sábado (28), ainda permanece sem respostas lógicas. Familiares acusam os agentes, comandados pelo coronel José Fernandes Alves de Lima Neto, de invadiram a casa do trabalhador e o mataram asfixiado. Tudo na frente da esposa da vítima..

PMs aterrorizam família, torturam e matam pedreiro em casa

Apesar da exoneração – Lima Neto foi transferido e agora será Chefe do Fiscal Administrativo da PMPA, em Icoaraci, distrito de Belém –, o coronel da PM não se manifestou sobre o ocorrido. Lima Neto está sob investigação da corregedoria da PM, em conjunto com a Promotoria Militar.

A saída do coronel causou alívio em boa parte dos moradores. Algumas testemunhas, que não quiseram se identificar, por motivo de segurança, contam que a conduta da PM na área sempre ficou marcada pela violência contra moradores.

“Eles muitas vezes botavam mais medo do que os bandidos, que na maior parte das vezes são uns pés de chinelo, que nem arma boa tem. Os PMs quando chegam aqui é sempre acelerando carro, xingando, tratando todo mundo como bandido, precisa ver”, diz uma das testemunhas.

BANDIDOS COMEMORAM

A exoneração do coronel Lima Neto também foi comemorada por um grupo de criminosos ligados a uma facção. Um vídeo que circula nas redes sociais mostra quatro criminosos armados a soltar foguetes para celebrar a saída do PM.

“Uma ótima tarde abençoada, comemorando a saída do safado do verme do Lima Neto, não conseguimos matar ele, mas tiramos ele do cargo”, diz um dos homens.

Ainda não há informações sobre a veracidade da gravação. A reportagem entrou em contato com a PM e aguarda retorno.

Lima Neto é suspeito de ter participado de uma operação policial que resultou na morte do pedreiro Antônio Ivaldo Queiroz, de 45 anos. No último sábado (28), Antônio Ivaldo foi surpreendido, dentro da própria casa, no bairro do Tapanã, em Belém, por uma guarnição do 24º Batalhão da Polícia Militar. Os policiais chegaram ao local afirmando que verificariam uma denúncia anônima de que havia drogas na casa do pedreiro.

Segundo o relato da família, após não terem encontrado nada, os policiais agrediram a esposa de Antônio Ivaldo e torturaram o pedreiro com asfixia, utilizando um saco plástico. Ele chegou a ser encaminhado para a UPA do Tapanã, onde foi constatado o óbito.

O promotor de Justiça Militar, Armando Brasil Teixeira, afirmou que “o caso ainda está sob investigação da corregedoria da PM, em conjunto com a Promotoria Militar”.