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Setor de serviços é destaque na geração de empregos no Pará

Dos 45 mil postos de trabalho gerados entre janeiro e julho deste ano no Pará, o setor de serviços gerou 16.896 novas vagas

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Imagem ilustrativa da notícia Setor
de serviços é destaque na geração de empregos no Pará camera Luiz Fernando: "conseguimos voltar a recontratar" | Mauro Ângelo/Diário do Pará

O Pará gerou 45 mil novos postos de trabalho entre os meses de janeiro a julho deste ano. O setor de serviços segue como o principal responsável por esse resultado com 16.896 novas vagas, totalizando 332.558 pessoas empregadas nesse segmento, à frente inclusive do setor do comércio, que criou no mesmo período 10.850 postos. Os dados foram divulgados no último dia 26, pelo Ministério da Economia.

O gerente nacional de Administração e Varejo da empresa RR Pneus, Luiz Fernando Souza, conta que esse crescimento é resultado, no caso da empresa, de uma procura por serviços de manutenção de veículos, a partir do mês de junho do ano passado. A busca por esse serviço resultou em um crescimento no faturamento de 22% no segundo semestre do ano passado para a empresa, abrindo possibilidade para contratações. “Passamos por um momento bem difícil logo no início da pandemia, entre os meses de março e maio do ano passado, em que tivemos que dispensar funcionários. Mas a partir do final de junho surpreendentemente tivemos uma procura intensa por serviços e com isso, conseguimos voltar a contratar”, explicou.

O crescimento se manteve no segundo semestre do ano passado e no primeiro semestre de 2021, com alguns momentos de flutuação. “Conseguimos ter uma ampliação de 10% no nosso quadro de funcionários”, diz ele, ressaltando que a empresa conta com 605 funcionários. Grande parte dos novos contratados foi para os setores de vendas e mecânica.

Um dos contratados na empresa foi o auxiliar financeiro Paulo Sales, de 52 anos. Depois de ficar cerca de um ano e quatro meses desempregado, após perder sua vaga de trabalho no início da pandemia, ele viu as possibilidades de uma nova colocação no mercado diminuírem a cada dia. “Foi um período muito difícil. Só consegui me manter por conta de umas economias que tinha guardado. Então aproveitei para fazer uns cursos e melhorar o meu currículo, mas mesmo assim não conseguia uma nova colocação por conta da idade. Para quem tem mais de 40 anos, voltar ao mercado de trabalho é ainda mais difícil”, lembra.

A primeira oportunidade apareceu em junho deste ano, quando conseguiu ser selecionado pela empresa. “Eles (chefes) já sabiam do meu currículo e conheciam o meu trabalho. Assim consegui ficar com a vaga. Para mim foi muito importante. Voltei a trabalhar com mais vontade do que nunca e me sinto muito grato por essa nova chance”.

BELEZA

Proprietária de um salão de beleza, especialista em cabelos cacheados, o Realeza dos Cachos, Nara Fernandes lembra que o primeiro semestre de 2020 foi bem difícil para o seu setor. “Tivemos que fechar as portas por quase quatro meses. Ficamos fazendo consultoria on-line e vendendo os nossos produtos. Com isso, consegui manter a empresa e não precisei demitir ninguém”.

Adriely Coelho aumentou a equipe para 33 funcionários
📷 Adriely Coelho aumentou a equipe para 33 funcionários |Mauro Ângelo/Diário do Pará

Com a reabertura parcial dos serviços, em junho do ano passado, o salão voltou a receber clientes e em um número surpreendente. “Tivemos um incremento de 40% a 50% na nossa clientela”. Com o crescimento da procura pelo serviço, Nara precisou ampliar o espaço de salão e ainda contratar novos profissionais. “Foram cinco agora em 2021 e estou com uma equipe de 33 funcionários”.

Uma das novas contratações do salão foi a maquiadora e auxiliar de profissional Adriely Coelho, de 24 anos. Antes da pandemia, ela que é formada em Serviço Social, atuava como autônoma oferecendo serviços de maquiagem especializada em pele negra. Além disso, mantinha uma lojinha on-line de produtos naturais. Mas a chegada do coronavírus ao país acabou atrapalhando os negócios dela e Adriely se viu sem renda. “O que me ajudou foi o auxílio emergencial”, lembra ela, que continuou mantendo suas redes sociais para divulgar seu trabalho com maquiagem. “A Nara me acompanhava pela internet e acabou me chamando para trabalhar com ela. É a primeira vez que estou atuando com carteira assinada. Estou muito feliz porque me identifico muito com o trabalho que fazemos aqui”.

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