Com várias muretas caídas, uma grande quantidade de lixo e mato por todos os lados, a situação precária dos canais de Belém vem tirando sossego e causando preocupação e insegurança para a população que reside próximo às estruturas. A equipe de reportagem do DIÁRIO percorreu por canais localizados nos bairros da Cremação, Pedreira, Canudos e Jurunas, constatando uma série de problemas, e muitos deles são alvos de reclamações há anos.
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No canal da avenida Gentil Bitencourt, entre as travessas Barão de Mamoré e Guerra Passos, os próprios moradores da área precisam fazer a manutenção para evitar acidentes. Ermano Pinheiro, 76, conta que há anos não vê uma obra da prefeitura para cessar os problemas. “Parte dessas muretas caíram e nunca vieram ajeitar. Somos nós, moradores, que precisamos sinalizar de alguma forma e jogar aterro para evitar que, o que sobrou, venha a ceder. Quando chove a água invade as casas, fica horrível para passar por aqui”, relata.
Sem a manutenção adequada da estrutura, os riscos para quem transita pelo local aumentam. “Como não tem essa proteção das muretas, já vimos muitos acidentes aqui. Principalmente de pessoas que andam distraídas e acabam caindo dentro do canal. Aí todo mundo se reúne e corre para ajudar”, disse.
A situação se repete para quem mora ou transita perto do canal da travessa Doutor Moraes, no trecho entre Fernando Guilhon e rua São Miguel. Tudo isso porque não existe nenhuma estrutura ou resquício de que já houve algo erguido no local. A única sinalização que serve para limitar a rua e o canal é a alta vegetação que toma conta cobriu toda a margem alagada na área.
ACIDENTE
A falta desse tipo de sinalização e muretas de proteção adequadas nos canais também contribuiu para um enorme prejuízo recente. No dia 1º de outubro, um caminhão carregado com cerveja caiu dentro do canal da avenida Bernardo Sayão, próximo a rua dos Caripunas, no bairro do Jurunas. Parte da carga que era transportada foi saqueada. Segundo o motorista do veículo, a falta de sinalização e precariedade da pista foram responsáveis pelo acidente.
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O canal que se estende ao longo de toda a avenida virou uma enorme vala a céu aberto. Sem nenhuma fiscalização da gestão municipal o despejo de lixo e entulho faz ainda que a situação piore na área que também passa por obras. “Já era para a prefeitura ter interditado esse trecho. Está muito complicado passar por aqui. As pessoas jogam muito lixo e caroço de açaí, deixando a pista um perigo. Sem conta que não tem nada que nos proteja de cair nessa vala imunda”, desabafou Mirella Gonçalves, 32 anos.
Os mesmos problemas se repetem nos canais das travessas 3 de Maio e Pirajá, no bairro da Pedreira. O cenário de muretas quebradas em várias partes e o lixo está presente ao longo de toda a estrutura que deveria estar protegendo a população de acidentes.
Resposta Prefeitura
Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan) informou que “os canais citados na reportagem recebem a coleta de entulho três vezes por semana (segunda, quarta e sexta), exceto o canal da Bernardo Sayão, que recebe todos os dias”. A prefeitura disse ainda que os canais também recebem limpeza de forma manual realizada pelos agentes da Sesan, e que o canal da Dr. Moraes e da Bernardo Sayão estão recebendo o serviço de dragagem.
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