No momento em que o orçamento começa a ficar apertado, as ofertas de empréstimos facilitados podem se tornar mais atrativas. Em meio às mudanças provocadas pela pandemia do novo coronavírus no cenário econômico nacional, essa foi justamente a saída encontrada por milhares de famílias paraenses. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Covid-19, divulgados neste mês pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam que cerca de 130 mil domicílios paraenses contaram com empréstimos para complementar a renda no mês de julho deste ano.
Ainda que os empréstimos sejam um recurso à mão para complementar a renda em um cenário pouco favorável, o que não se pode perder de vista é a necessidade de planejar muito bem a tomada desse crédito. De acordo com recomendações do Banco Central, o ideal é que o cidadão se faça algumas perguntas antes de contrair um empréstimo. Dentre elas, é preciso considerar para que precisa do dinheiro, se a prestação cabe no orçamento e se vale a pena pagar os juros previstos.
Diante de tantas considerações, o vendedor externo Gilberto Costa tem optado por não contrair novas dívidas. “Juros de banco costumam ser muito altos, então eu tento correr de empréstimos para não me complicar”.
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SAÍDA
Durante o período da pandemia, Gilberto conta que a sua renda acabou afetada já que trabalha com o fornecimento de insumos como frutos do mar para bares e restaurantes. Como os estabelecimentos precisaram suspender as atividades em decorrência da necessidade do isolamento social, as vendas caíram bastante. Ainda assim, o vendedor conta que recorreu a outra saída para complementar a renda.
“A pandemia afetou muito a gente que trabalha nessa área, mas como eu tinha uma reserva, estou me segurando nela”, conta. “Mesmo que a pandemia tenha afetado eu optei por não entrar em nenhum empréstimo porque acredito que o momento não é favorável”. Da mesma forma o mecânico Livaldo Oliveira, 48 anos, também tem preferido se manter longe de novas dívidas. Ele conta que é comum receber anúncios com propostas de empréstimos que parecem atrativas, mas que costuma nem considerar.
“O melhor é ver se essa situação complicada passa para depois ver como as coisas vão se ajeitando”, avalia. “Eu estou comprando apenas o necessário para mim e para a casa. Eu fujo desses empréstimos porque os juros depois são muito altos”.
Para o motorista José Carlos, 49 anos, o momento também exige cautela. “Como a situação econômica está um pouco perigosa e eu e a minha esposa estamos trabalhando, vamos nos virando com a nossa renda. A gente prefere evitar pegar empréstimo”.
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