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RETOMADA

Reabertura de restaurantes e barracas em ilhas é autorizada

Decreto municipal libera funcionamento de estabelecimentos do ramo situados em Cotijuba, Combu e distrito de Outeiro, além de outras áreas

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Imagem ilustrativa da notícia Reabertura de restaurantes e barracas em ilhas é autorizada camera A ilha do Combu concentra dezenas de restaurantes que atraem turistas e os próprios belenenses. | Octávio Cardoso

Os restaurantes e barracas que funcionam nas praias, orlas e ilhas de Belém estão liberados para funcionar. A decisão foi publicada ontem, no decreto 96.699/2020, pela Prefeitura Municipal de Belém que, ao mesmo tempo, estabelece que praias, balneários e igarapés que pertencem à gestão do município seguem fechados para os banhistas.

Na realidade, a determinação publicada ontem é a atualização do decreto que autorizava apenas o funcionamento dos restaurantes da parte continental de Belém, mas agora inclui os estabelecimentos localizados nas praias, como as das ilhas de Cotijuba e Combu, além do distrito de Outeiro. Os restaurantes da bucólica Mosqueiro já estavam funcionando, por meio de liminar da Justiça desde o final da semana passada.

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O decreto estabelece aos restaurantes que ficam nas ilhas, praias e orlas as mesmas determinações às medidas de prevenção à Covid-19 como a liberação de apenas 40% da capacidade dos espaços, para que não haja aglomerações. Além disso, os estabelecimentos poderão funcionar das 7h às 19h. A publicação também autoriza o funcionamento das lanchonetes, casas de chá, café, docerias e tapiocarias, das 6h às 20h.

Em todos os casos, o decreto também determina que os estabelecimentos devem manter o distanciamento mínimo de dois metros entre as mesas, fornecer álcool em gel e medir a temperatura dos clientes, assim como exigir que os funcionários façam uso de máscaras, luvas, entre outras medidas de prevenção, a fim de evitar a proliferação do novo coronavírus.

Proprietários tentam se adptar à nova realidade

Jorge Nicacio comemora o retorno gradual das atividades. Ele espera voltar a faturar como antes.
📷 Jorge Nicacio comemora o retorno gradual das atividades. Ele espera voltar a faturar como antes. |Irene Almeida/Diário do Pará

Nildo dos Santos trabalha há dois anos em uma barraca instalada na travessa 7 de Setembro, no bairro da Campina, em Belém. É de lá que ele tira o seu sustento diário. Com a pandemia da Covid-19 e o consequente fechamento do comércio, ele passou cerca de três meses sem qualquer fonte de renda. Com a reabertura destas atividades desde o dia 1º deste mês, ele e outros ambulantes que vendem refeições a preços populares tentam voltar à normalidade e conquistar os mesmos lucros de antes da crise.

Mesmo com o retorno há pouco mais de uma semana, Nildo afirma que o movimento em sua barraca está quase o mesmo da pré-pandemia, formado por trabalhadores do comércio, em sua maioria. “Eu fiquei uns três meses parado, não podia vir e vender. Hoje eu ainda vendo, mas a maioria é ‘para levar’. Mesmo assim estou começando a ter retorno, quase o mesmo do passado”, afirmou o vendedor ambulante que trabalha com café da manhã.

Na rua 13 de Maio, Jorge Nicacio, 58, voltou a receber clientes em seu restaurante, chamado de “Sabor Tropical”, sem a modalidade “self-service”, onde o próprio cliente coloca a comida em seu prato, além de mesas e cadeiras em menor quantidade para garantir o distanciamento social adequado. Na porta de seu restaurante a placa anuncia: refeições a R$ 10. Valor popular com o objetivo de trazer novos e antigos clientes. “Para o que estava antes, até que tem melhorado. Antes eu vendia apenas marmitas e elas não cobriam os custos da empresa. A gente vai administrando e se adequando a realidade, com o público voltando. Temos seguido tudo o que a vigilância sanitária e prefeitura recomendam, mas ainda temos muita coisa do que fazer”, disse ele, destacando ainda que a pandemia o deixou com um prejuízo de até 70% em cima do faturamento que tinha antes do fechamento.

DEMISSÕES

Jorge também disse que foi obrigado a demitir dois funcionários devido aos impactos econômicos causados pela pandemia, mas que esperava recontratá-los o quanto antes. “Estamos assim até o nosso faturamento voltar ao normal. Eu creio que até setembro esteja tudo normalizado, com a curva da pandemia diminuindo no estado. Mas para isso é preciso que sejam cumpridas as regras, com todos usando máscaras e evitando aglomeração. Infelizmente nem todos respeitam, mas acredito na vontade de Deus e dos homens para deixar nossa estrutura normalizada”, completou.

Ao percorrer o centro comercial de Belém, é possível perceber um número considerável de barracas de venda de comidas e restaurantes em funcionamento. A grande maioria de máscaras e com mesas e cadeiras respeitando o distanciamento recomendado pelas autoridades, porém a grande dificuldade fica por conta de barracas que têm dificuldade de manter os clientes distantes uns dos outros. Fato que foi possível observar em barracas de vendas de comidas típicas localizadas nas ruas 28 de Setembro e Manoel Barata.

Como se não bastasse o retorno tímido, donos de restaurantes ainda precisam inovar nas estratégias para garantir a atenção de potenciais clientes. Vale de tudo para conseguir faturar com a venda de alimentos no retorno pós-pandemia. Na travessa Padre Eutíquio, uma das mais movimentadas do centro comercial, a funcionária de um destes estabelecimentos estava com uma placa discreta apontando o caminho do restaurante, com pratos vendidos também a preço popular. No local, um funcionário disse que as vendas ainda estavam devagar, mas pelo menos era melhor do que no auge da pandemia, já que eles não adotaram o sistema de delivery e o faturamento foi praticamente zero.

Apesar da liberação do funcionamento dos restaurantes em Belém, nem todos fizeram este retorno de forma imediata. No restaurante Largo da Palmeira, localizado na rua Senador Manoel Barata, por enquanto a venda tem sido apenas por delivery. Um retorno forçado devido o faturamento estar zerado e o risco de o negócio ser fechado definitivamente.

De acordo com Lucas Mendonça, um dos responsáveis pelo espaço, a volta do atendimento presencial está marcada para a próxima segunda-feira (13). “A gente ficou parado a maior parte da pandemia e só resolvemos voltar agora porque estava acabando o caixa, tínhamos de retornar de qualquer forma. A gente abriu aqui um pouco antes da liberação do atendimento físico, apenas com delivery, e a diferença de faturamento foi enorme. Estávamos na faixa de 10% do faturamento normal. Na semana que vem voltaremos com o atendimento presencial e provavelmente vai crescer, estimo que a gente fique com um faturamento de 40% a 50% em comparação com o período pré-pandemia”, declarou.

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