A Estrada da Yamada, no bairro do Benguí, passará a se chamar Padre Bruno Sechi. A mudança foi aprovada nesta quarta-feira (24), por unanimidade na Câmara Municipal de Belém.
A homenagem ao religioso e fundador da República de Emaús, que fica na mesma rua, foi possível por meio de um projeto coletivo assinado pelos 35 vereadores do poder legislativo da capital que receberam apoio da comunidade local para alteração.
Bruno Sechi faleceu aos 80 anos, no último mês de maio. O religioso italiano veio para o Brasil como missionário e teve grande parte da vida dedicada às atividades voltadas para as crianças e adolescentes da periferia de Belém. Em 1970, fundou o Movimento República de Emaús, trabalho com grande reconhecimento social. O padre foi vítima de mal súbito, durante a recuperação do coronavírus.
Morre padre Bruno Sechi, fundador do Movimento República de Emaús
O vereador Fernando Carneiro (PSOL) relatou que o religioso dedicou a vida aos outros, muito contribuiu com projetos sociais em Belém e por isso merece destaque e exaltação. Fernando ponderou inclusive que houve um apelo popular com abaixo-assinado dos moradores do entorno solicitando a mudança. “Precisa ser na rua que fica a República de Emaús. Não faz sentido trocar o nome de outra rua que não seja esta”.
Padre Bruno Sechi se despediu com a certeza de que República de Emaús continua por "força própria"
Paulo Queiroz (MDB) se solidarizou com a perda de quem sempre foi referência e disse que teve o privilégio de conhecer o Padre Bruno que era um exemplo de cristão e merece todas as homenagens, mas lembrou que é preciso encontrar outra rua para fazer a homenagem ao grupo Yamada que também foi muito importante para a nossa cidade. “Geraram empregos para nossa população e nos ofereceram muitos serviços de qualidade”.
Rua Padre João Derickx
A Câmara Municipal de Belém também aprovou na manhã desta quarta-feira (24) o projeto que altera a Rua da Pratinha para Rua Padre João Derickx. A proposta foi do vereador Rildo Pessoa (PTB). Padre João era holandês, formado em pedagogia, filosofia e teologia. Ele chegou ao Brasil na década de 60, quando trabalhou com povos da floresta. Em Belém foi pároco nos bairros da Condor, Guamá, Cremação, Cidade Velha, Jurunas e Benguí, locais onde sempre mudou a vida da comunidade com projetos sociais. Ele também foi autor de livros que tratavam da região amazônica.
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