Municípios do Marajó recebem serviços exclusivos da Policlínica Itinerante

Desde o último dia 9, o Governo do Estado realiza uma nova etapa entre as ações de combate à Covid-19 no Pará: o navio da Policlínica Itinerante, totalmente equipado, partiu rumo ao arquipélago do Marajó com profissionais da saúde que, juntos, realizam consultas e testes rápidos em uma população que historicamente possui dificuldades econômicas e sociais.

O extrativista Francisco Santos, 55 anos, trabalha com açaí no município de Ponta de Pedras e foi um dos beneficiados pela ação. Ele agradeceu pelo atendimento que recebeu e reforça a importância de cuidar da saúde neste período de pandemia. “O atendimento foi exemplar. Além disso, fui atendido em 10 minutos. A equipe toda está de parabéns. A gente tem que se cuidar. Eu, inclusive, oriento meus parentes e amigos a não dar ‘mole’ para a doença, tem que usar máscara”, comentou.

Segundo o governador Helder Barbalho, o objetivo é atender todos os municípios do arquipélago. “Um Estado com as dimensões territoriais do Pará precisa de atenção em todas as regiões. Estamos agindo pela estrada, pelo ar e pela água. Além da equipe que atenderá por meio fluvial, já contamos com outra equipe em atendimento no Marajó ocidental, a partir de Breves, Portel, Melgaço, Curralinho, Bagre, Oeiras. Estamos trabalhando para poder atender todos os municípios do Marajó”, informou o governador.

CIDADES

A embarcação, que já passou por quatro municípios: Ponta de Pedras, Muaná, São Sebastião da Boa Vista e Cachoeira do Arari, atende pessoas com sintomas leves e moderados da Covid-19, sendo mais um reforço do governo de estadual de combate ao novo coronavírus. Neste domingo (14) e amanhã (15), a Policlínica Itinerante estará atendendo em Cachoeira do Arari. Nesta terça-feira (16), será a vez de Salvaterra.

No dia 17, Soure. Ao todo, serão 10 municípios. O mesmo serviço, mas de modo terrestre, já passou pelo Marajó ocidental: Breves, Portel, Melgaço, Curralinho, Bagre e Oeiras do Pará. O barco que leva as ações itinerantes do Governo foi cedido pela empresa de navegação Bom Jesus.

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A equipe local realiza o trabalho de prevenção e educação da população marajoara sobre o novo coronavírus. A coordenadora da ação Policlínica Itinerante, Alessandra Amaral, reforça que o importante é tratar a doença na fase inicial. “A equipe está preparada para atender casos leves e moderados da Covid-19, mas se surgir algum caso mais grave a gente tem o apoio de UTI aérea para transportar o paciente para o hospital Abelardo Santos, em Belém”.

A cada segundo dia de ação em um município, as amostras do teste PCR (secreção) coletadas dos pacientes são transportadas de aeronave para o Laboratório Central do Estado do Pará (Lacen), com apoio do Grupamento Aéreo de Segurança Pública (Graesp).

“As amostras são analisadas em 24h e o resultado disponível em 48h para os pacientes, que devem ir até o hospital municipal para apanhar os resultados”, explicou Alberto Júnior, diretor-geral do Lacen.

HUMANIZAÇÃO

O atendimento humanizado realizado por toda a equipe local tem sido elogiado pela população de cada município que a embarcação passa. A muanaense Maria da Costa Paula é aposentada e tem 74 anos. Depois de passar por todos os procedimentos no navio, ela foi encaminhada pela equipe para realizar raio x no hospital municipal.

“Fui prontamente atendida pelos profissionais da saúde. Agradeço a Deus e ao governador Helder Barbalho por ter proporcionado esses serviços no município de Muaná”.

A estratégia do Governo do Estado em levar serviços exclusivos para todas as regiões, por meio da Policlínica Itinerante começou no dia 21 de abril. Desde lá, já são mais de 20 mil atendimentos realizados em pessoas com suspeita e confirmadas com a Covid-19.

“Estamos muito felizes com a estratégia que está alcançando bons resultados e, inclusive, está sendo indicada como exemplo para o Brasil inteiro após a visita do ministro interino da saúde. Ele entendeu que as estratégias de descentralização do serviço são o foco para que consigamos diminuir o número de internações e de casos graves”, disse Sipriano Ferraz, coordenador de Contingência da Policlínica Metropolitana.