O estado do Pará começou a primeira semana do mês de maio com o pior índice de isolamento até o momento: 45,52% e emplacando uma vergonhosa 8ª posição no ranking nacional, considerada “muito distante” do recomendado pelos órgãos de saúde pública.
Com 84% dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) ocupados e com o estado atingindo mais de 5 mil casos confirmados e 406 mortes por Covid-19, o paraense e, principalmente, o belenense parece ainda não ter reconhecido a gravidade da situação, uma vez que Belém concentra o maior número de diagnosticados e de mortes pela doença.
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O monitoramento disponível no portal Covid-19 e atualizado pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) resume bem a situação: são oito os bairros da capital com os maiores números de casos. Lideram o “top 3” a Pedreira (169), o Marco (146) e o Guamá (139) e a Marambaia (139), empatados. Seguem Jurunas (116), Umarizal (109), Sacramenta (102) e Parque Verde (87). Os números estão atualizados até às 22h56 desta quarta-feira (6).
Dessa relação, existe bairro com Unidade Básica de Saúde (UBS) - que deveria funcionar como linha de frente no combate à doença - fechada por falta de funcionários. Há dois dias, o Pronto Socorro Municipal (PSM) do Guamá avisava que não tinha médico. As Unidades de Pronto Atendimento (UPA) da Sacramenta e da Marambaia compartilham problemas como superlotação, falta de pessoal e, consequentemente, demora no atendimento. Enquanto isso, funcionários do Barros Barreto diagnosticados com Covid-19 não conseguem atendimento nem no próprio hospital.
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Já não podendo mais contar com a consciência de cada um para que fiquem em casa e que saiam apenas quando necessário, o governo do estado decretou o lockdown - a suspensão total das atividades não essenciais mais a restrição de circulação de pessoas. Parece ser a saída para uma conscientização "forçada": afinal, se descumprir, paga multa.
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