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AVALIAÇÃO

Belém fica fora do ranking das 100 cidades inteligentes

Nenhuma cidade do Estado do Pará está incluída no ranking de cidades inteligentes “Connected Smart Cities”, estudo da Urban Systems balizado em onze recortes, divulgado na semana passada. Belém só aparece em quatro dos itens: em 11º na mobilidade - onde t

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Imagem ilustrativa da notícia Belém fica fora do ranking das 100 cidades inteligentes camera Na saúde nenhuma cidade do Pará aparece no ranking. | Freepik

Nenhuma cidade do Estado do Pará está incluída no ranking de cidades inteligentes “Connected Smart Cities”, estudo da Urban Systems balizado em onze recortes, divulgado na semana passada. Belém só aparece em quatro dos itens: em 11º na mobilidade - onde também aparecem outros 20 municípios paraenses -, em 26º no empreendedorismo, em 38º em tecnologia e inovação e 70º em governança.

Nos itens urbanismo, meio ambiente, saúde, educação, economia, segurança e energia, não há quaisquer menções à capital ou outras cidades do Estado. “Acho que fica claro o recado de que a situação é de total abandono”, analisa o vereador Fernando Carneiro (Psol), da Câmara Municipal de Belém (CMB).

“Infelizmente, o nosso parco subdesenvolvimento rende os piores indicadores do Brasil, e isso se reflete nas ausências sentidas nesse ranking”, corrobora o doutor em Engenharia Ambiental, Paulo Pinho. O 26º lugar em empreendedorismo vem bem depois do 8º posicionado pela capital amazonense, e leva em consideração critérios como economia criativa, tecnologia, microempresa individual, espaços de inovação e de incubação de conhecimento.

Quando Belém aparece na lista da tecnologia e inovação, vem novamente precedida por Manaus (AM), em 30º. Carneiro explica que não dá nem para comemorar a única aparição da capital entre as primeiras 20 cidades, porque outras pesquisas voltadas à mobilidade urbana, de referência nacional e internacional, apontam graves falhas nessa seara.

“Como é o exemplo do Relatório Final Campanha 2019 Calçadas do Brasil, em que Belém está em último lugar dentre as capitais, a obra do BRT (Bus Rapid Transit) acumula 82 meses de atraso só nas duas últimas gestões”, contrapôs o parlamentar. Neste recorte, são avaliados os indicadores de conexão interestaduais, destino aeroviário, quantidade de veículos de baixa emissão e mortes no trânsito, além de ciclovias e modais alternativos de transporte coletivo.

Pinho, por sua vez, reforça que a não citação do Pará na listagem do meio ambiente ajuda a entender inclusive a situação das queimadas, que ganharam atenção de todo o mundo. “Um dos itens analisados, a governança, pontuou muito mal, e isso inclui o meio ambiental. Se não fazemos nem o básico, que é saneamento, saúde, educação, imagina o ambiental, que muitos ainda vem como questão acessória, quase que luxo”, lamenta o engenheiro ambiental.

ABANDONO

Carneiro antecipa que os futuros candidatos que se aventurarem na proposta de governar Belém precisam deixar de lado o atual modus operandi se quiserem fazer uma gestão pública de verdade. “Tivemos uma década e meia de administração reativa, e quem entrar vai pegar uma cidade abandonada, não vai poder ficar chorando pelo que foi feito nas administrações anteriores. Vai ter mesmo, como se diz aqui, que roer caroço de pupunha”, dispara o vereador.

Faria a diferença nos próximos rankings, no entendimento de Paulo Pinho, um tipo de desenvolvimento em que a floresta em pé tenha mais valor do que a floresta no chão. “Temos inclusive isso amarrado ao aspecto histórico, em que mais uma vez o baixo grau de governança, inclusive com apoio do Governo Federal, naquela perspectiva de ‘integrar para não entregar’, incitando às queimadas, derrubadas, que até hoje repercutem na nossa rotina e forma de agir”.

Controle social e participação popular também são elementos que podem ajudar a tirar Belém e o Pará da “zona de rebaixamento”, diz Fernando Carneiro. “Temos uma gestão impermeável ao contato com o povo, e um inevitável distanciamento. São onze áreas pesquisadas e Belém só pontua, e mal, em quatro delas. Não é surpresa, mas é muito grave”, reforça.

Como aparecem Belém e outros municípios no ranking

Mobilidade

Belém- 11º

Acará -12º

Igarapé-Miri- 20º

Juruti -27º

Viseu -42º

Portel -43º

Barcarena -45º

Itupiranga -50º

Monte Alegre- 52º

Parauapebas -54º

Breu Branco -60º

Ipixuna do Pará- 65º

Alenquer -66º

Cametá -69º

Marituba- 78º

Tailândia -82º

Tomé-Açu -91º

Novo Repartimento- 92º

Castanhal -97º

Óbidos -99º

Benevides- 100º

Urbanismo - Não aparece

Meio ambiente - Não aparece

Tecnologia e Inovação - Belém - 38º

Saúde - Não aparece

Educação - Não aparece

Empreendedorismo - Belém - 26º

Governança - Belém -70º

Economia - Não aparece

Segurança - Não aparece

Energia - Não aparece

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