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Ouro bate recorde com shutdown do governo nos EUA; veja como investir

Segundo analistas, 2025 é o melhor ano para o ouro desde 1979, quando houve crise do petróleo e inflação em forte alta.

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Imagem ilustrativa da notícia Ouro bate recorde com shutdown do governo nos EUA; veja como investir camera O ouro atingiu um novo recorde nominal, a R$ 21,7 mil a onça troy (31,1035 gramas) | ​Foto: Reprodução

Na última quarta-feira (8), o ouro atingiu um novo recorde nominal, a US$ 4.070,50 (R$ 21,7 mil) a onça troy (31,1035 gramas), em meio à paralisação econômica (shutdown) do governo dos Estados Unidos por falta de recursos.

Segundo analistas, a crise fiscal americana impulsionou ainda mais a valorização do metal precioso, em ascendência vertiginosa desde o fim de 2022, com a intensificação da guerra da Ucrânia e o confisco das reservas internacionais da Rússia.

Para reduzir sua dependência do dólar, o país intensificou a mineração e a compra de ouro. Com a alta de mais de 140% desde então, a aposta no ativo tem ajudado as contas russas.

A Rússia não foi a única a aumentar a demanda pelo investimento. A China também ampliou suas reservas significativamente, trocando os treasuries (títulos do Tesouro dos EUA) pelo metal. E quanto maior a demanda, maior o preço.

Segundo analistas, 2025 é o melhor ano para o ouro desde 1979, quando houve crise do petróleo e inflação em forte alta.

Além da maior demanda de bancos centrais, o preço do ativo também foi impulsionado pelo corte de juros, que tira recursos da renda fixa, e pela busca de proteção por parte dos investidores.

"As pessoas têm um sentimento geral de medo do nível de dívidas dos países e começam a buscar alternativas", diz Ruy Alves, gestor da Kinea.

No caso dos EUA, a dívida é de mais de US$ 36,2 trilhões (R$ 196 trilhões), o equivalente a 120% do PIB (Produto Interno Bruto) do país, segundo o Tesouro americano.

Cerca de US$ 29 trilhões (R$ 157 trilhões) correspondem a títulos da dívida que o governo vende no mercado. A maior parte está nos EUA, mas um terço da dívida pública está nas mãos de países estrangeiros, principalmente Japão, Reino Unido e China.

"Há uma fuga para ativos seguros por conta dessa incerteza global. Há um ceticismo em relação aos treasuries, e quanto aos títulos de dívida de outros países, por conta desse fiscal comprometido. Então, na dúvida, você vai para outros ativos seguros que não somente títulos de dívida de países desenvolvidos, porque nem eles mais são tão seguros quanto antes", diz Matheus Spiess, analista da Empiricus.

O recém-laçado contrato Futuro de Ouro (GLD), da B3, movimentou R$ 936 milhões entre julho e setembro, segundo levantamento da plataforma DataWise+. Em um mês, o volume financeiro do contratou cresceu 700%, passando de R$ 99 milhões em agosto (primeiro mês fechado de negociação, que teve início em 21/07) para um volume de R$ 801 milhões ao final de setembro.

De acordo com Spiess, o atual cenário de inflação resiliente e queda de juros nos EUA é um "céu de brigadeiro para ativos como o ouro".

"É vantajoso para o investidor, pois aprimora a relação risco-retorno dos portfólios. De 2,5% até 5% do portfólio, sendo o mais arrojado 5%, e o mais conservador 2,5%", afirma o analista, que prefere a exposição ao ouro em dólar do que em reais.

Alves, da Kinea, também recomenda a compra. "É um ativo que tende a performar bem em períodos difíceis para o mundo, com risco geopolítico. Então, tende a ser uma boa composição de carteira."

COMO COMPRAR OURO?

Aquisição é feita por corretoras, independentemente do tipo de instrumento. Lucros com investimento são isentos de IR até R$ 20 mil; depois, o tributo é de 15% do ganho

1 - À vista

O investidor tem titularidade de uma barra de ouro, como se fosse uma ação, por lote (de 250 gramas). Taxas são de custódia e negociação

2- Fundos

Investidor pode escolher um fundo multimercado que tenha ouro no portfólio. Taxas são de administração e performance. Imposto segue tributação de investimento e é retido da fonte

3 - Contratos em Bolsa

É possível negociar ouro por contratos futuros, a termo e de opção na Bolsa brasileira e no exterior. Investimentos são de alto riso e exigem conhecimento de mercado financeiro. Custo depende do contato e taxas são de custódia e negociação

COMO INVESTIR EM OURO?

Há várias formas de investir no metal. Um deles é a compra de ouro em si, em grandes bancos ou na B3, ou pela compra de papéis que estão atrelados à cotação do ouro ou replicam índices globais do metal.

Na B3, além do GLD, há ETFs (fundos de índice) atrelados ao metal, como o GOLD11 e o GLDX11 e os internacionais, BIAU39 e ABGD39. Eles são negociados da mesma forma que ações, e replicam o desempenho do preço do ouro em reais.

Como o preço do ativo está na máxima, outra alternativa são as ações de mineradoras de ouro, como a Aura Minerals (AURA33) e a Newmont (N1EM34).

COMO É CALCULADO O PREÇO DO OURO?

O ouro é uma commodity, ou seja, uma mercadoria transacionada internacionalmente, com preços uniformes nesse mercado global.

Os investimentos em contrato de ouro seguem a cotação internacional da onça troy (31,1035 gramas) na Bolsa de Chicago, em dólares. Uma onça-troy equivale a 31,10349 gramas, e um quilograma tem 32,15 onças-troy.

O QUE É PRECISO PARA NEGOCIAR OURO?

As compras de ouro via bancos e corretoras podem ser feitas por aplicativo, telefone ou diretamente nas agências.

Não é preciso nenhuma condição especial para negociar o ativo. O cliente necessita apenas ter o formulário de perfil do investidor válido e dispor dos recursos em conta na corretora para comprar a quantidade em contratos de ouro em Bolsa desejada.

SE EU COMPRO OURO, TENHO QUE LEVAR O METAL PARA CASA?

Em geral o investidor não carrega o ouro para casa, mas o deixa guardado na B3 (independentemente de ter comprado por meio de um banco ou na própria Bolsa). A custódia do ouro fica na B3, vinculada à corretora por meio da qual o cliente negociou o ativo.

A Bolsa cobra uma taxa de custódia de 0,121% ao mês sobre o valor diário custodiado, calculado com base no total de gramas de ouro mantidos em depósito, considerado o preço médio da cotação do ouro 250g (OZ1).

Para o caso do ouro comprado na B3, se o investidor insistir em levar o metal para casa, isso só é possível quando ele compra os OZ1, de 250 gramas.

HÁ OUTROS CUSTOS, COMO IMPOSTOS E TARIFAS?

Quando a compra é feita diretamente no banco, a taxa de corretagem fica ao redor de 0,4% sobre o valor total da operação.

Nos contratos da B3 que acompanham a cotação do ouro, as tarifas são cobradas de acordo com o volume negociado. Assim como nas ações, a tributação é de 15% sobre os ganhos obtidos na venda do ouro, para negócios acima de R$ 20 mil no mês.

Já no caso do ETFs e de fundos, há taxa de administração. Eles também são tributados em 15% sobre o ganho de capital, sem isenção independentemente do valor negociado.

PARA QUEM É INDICADO?

O mercado financeiro de ouro é complexo e com alta volatilidade (oscilações bruscas de preços), o que afasta o pequeno investidor. A opção mais recomendada é investir em fundos que incluíram o metal em suas carteiras como contrapeso para a queda no preço das ações.

Como investimento, o ouro é considerado uma forma segura de se resguardar nos dias de maior volatilidade, mas, em decorrência do aumento da procura, seus preços costumam sofrer forte alta nesses momentos.

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