
Mais de 700 dias depois de um dos episódios mais brutais do conflito entre Israel e Hamas, parte dos reféns israelenses está perto de voltar para casa. Dos 48 sequestrados que permanecem em Gaza, estima-se que apenas 20 ainda estejam vivos e a libertação deles deve ocorrer nesta segunda-feira, 13, como parte do acordo de cessar-fogo firmado com o grupo palestino.
A maioria desses sobreviventes foi raptada durante o festival Nova, uma rave realizada em Be’eri, no sul de Israel, em 7 de outubro de 2023, o mesmo dia em que terroristas do Hamas invadiram comunidades israelenses.
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Entre os que devem ser libertados está Rom Braslavski, de 21 anos, que trabalhava como segurança no evento. Em agosto, um vídeo divulgado pela Jihad Islâmica mostrou o jovem visivelmente debilitado e ferido. Outro caso que comoveu o país é o de Evyatar David, 24, visto em uma gravação onde era forçado a cavar sua própria cova dentro de um túnel.

Os nomes lembram o horror vivido por dezenas de famílias desde então. A lista de desaparecidos inclui Elkana Bohbot (36), Guy Gilboa-Dalal (24), Segev Kalfon (26), Bar Kupershtein (23), Eitan Mor (25), Yosef-Haim Ohana (24), Maxim Herkin (27) e Alon Ohel (23), pianista com dupla cidadania alemã e sérvia, ferido no olho durante o ataque.
Outros foram levados de kibutzim próximos à fronteira com Gaza. O húngaro-israelense Omri Miran, 48, foi sequestrado no Nahal Oz, onde a família foi mantida refém enquanto militantes transmitiam tudo ao vivo pelo Facebook. Já os gêmeos Gali e Ziv Berman, de 28 anos, foram retirados de casa em Kfar Aza, e o argentino-israelense Ariel Cunio, 28, levado do kibutz Nir Oz com a namorada, libertada em 2024.
Casos semelhantes se repetem: David Cunio, irmão de Ariel, segue em cativeiro, enquanto a esposa e os filhos foram libertados ainda em 2023. Há também Eitan Horn (38) e Matan Zangauker (25), este último símbolo da campanha das famílias israelenses pela libertação dos reféns.
Entre os militares, dois permanecem confirmadamente vivos: Matan Angrest (22), capturado após ataque a um blindado, e Nimrod Cohen (21), sequestrado de um tanque próximo à base de Nahal Oz. A situação de Tamir Nimrodi (20) ainda é incerta.
O acordo prevê ainda que o Hamas devolva os corpos dos reféns mortos, embora em prazo distinto ao dos sobreviventes. Entre as vítimas fatais estão soldados, motoristas, idosos e uma mulher de 27 anos, Inbar Haiman, assassinada no festival que se transformou em tragédia.
Após dois anos de guerra, mais de 67 mil pessoas morreram em Gaza, segundo autoridades locais. O cessar-fogo, mediado por potências internacionais, reacende a esperança de que o conflito entre em uma nova fase e que as famílias, enfim, possam encerrar um ciclo de dor que já dura quase 750 dias.
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