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Daniel Noboa, presidente do Equador, é alvo de grave atentado

O presidente estava em um evento oficial na Província de Cañar quando teria sofrido uma tentativa de assassinato nesta terça-feira (7).

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Imagem ilustrativa da notícia Daniel Noboa, presidente do Equador, é alvo de grave atentado camera Nascido nos Estados Unidos, Daniel Noboa assumiu a presidência em 2023, aos 35 anos, tornando-se o presidente mais jovem da história do Equador. Ele conquistou aproximadamente 56% dos votos nas eleições e governa até 2029. | Divulgação / Presidência de Equador

O presidente do Equador, Daniel Noboa, foi alvo de um atentado nesta terça-feira (7) enquanto se dirigia a um evento oficial na província de Cañar, na região central do país.

A ministra de Energia, Inés María Manzano, confirmou o incidente e classificou o episódio como uma tentativa de assassinato. Segundo o governo equatoriano, o presidente não sofreu ferimentos. O atentado ocorreu quando o veículo presidencial chegava ao local do evento.

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De acordo com a ministra Manzano, uma multidão de aproximadamente 500 pessoas atacou o automóvel, que ficou com marcas de bala, janelas quebradas e para-brisa trincado.

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Um vídeo divulgado pela Presidência do Equador mostra o momento em que manifestantes atacam o carro de Noboa, evidenciando a gravidade da situação.

Após o incidente, pelo menos cinco pessoas foram detidas. A ministra enfatizou que atirar contra o carro do presidente, jogar pedras e danificar patrimônio do Estado constitui crime.

O governo anunciou que todos os detidos enfrentarão acusações de terrorismo e tentativa de homicídio, com uma denúncia formal já registrada.

Contexto dos Protestos no Equador

O atentado ocorre em meio a uma onda de protestos liderados por povos indígenas, que se intensificou após o aumento de 56% no preço do diesel. O combustível subiu de 1,80 dólares para 2,80 dólares por galão, depois que o governo decidiu encerrar o subsídio que mantinha os custos mais baixos.

A Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador (Conaie), principal organização de povos originários do país, iniciou os protestos em 22 de setembro. As manifestações resultaram em bloqueios de estradas em várias províncias e geraram um clima de tensão e violência.

Até o momento, um manifestante morreu e cerca de 150 pessoas ficaram feridas, incluindo civis, militares e policiais. Aproximadamente 100 pessoas foram detidas durante os confrontos.

Medidas do Governo e Estado de Emergência

Em resposta à situação, Noboa decretou estado de emergência por 60 dias em 10 das 24 províncias do Equador, citando grave comoção interna e a necessidade de restaurar a ordem pública.

O presidente afirmou que ninguém pode tomar a capital de todos os equatorianos à força e que aqueles que agem como delinquentes serão tratados como tal.

O governo classifica parte das manifestações como atos terroristas, com penas de até 30 anos de prisão para os responsáveis. Noboa também insinuou a presença de mafiosos infiltrados no movimento, incluindo membros da organização venezuelana Tren de Aragua, embora não tenha apresentado provas concretas.

Demandas dos manifestantes

A Conaie exige a redução do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) de 15% para 12% e mais recursos para saúde e educação públicas. Em comunicado, a organização acusou o governo de responder com repressão às demandas populares e alertou que o estado de exceção militariza os territórios indígenas, aumentando o risco de uso desproporcional da força e detenções arbitrárias.

Trajetória de Daniel Noboa

Nascido nos Estados Unidos, Daniel Noboa assumiu a presidência em 2023, aos 35 anos, tornando-se o presidente mais jovem da história do Equador. Ele conquistou aproximadamente 56% dos votos nas eleições e governa até 2029.

Noboa pertence a uma família com vasto império empresarial, incluindo uma das principais exportadoras de bananas do país.

Formado em universidades internacionais, ele possui formação como sommelier e é conhecido por seu interesse em carros e cavalos. Seu pai, Álvaro Noboa, tentou a presidência do Equador cinco vezes sem sucesso.

Na política, Noboa teve breve carreira como deputado, onde presidiu a Comissão de Desenvolvimento Econômico e trabalhou em diversos projetos de lei nas áreas econômica, tributária e de investimentos.

Crise de segurança no Equador

O país sul-americano, com população de aproximadamente 18 milhões de habitantes, enfrenta crise de segurança crescente. Segundo dados do UNODC, o número de homicídios por 100 mil habitantes saltou de 5,8 em 2018 para 25,5 em 2022.

Essa escalada da violência está frequentemente ligada ao tráfico de drogas e à luta pelo controle de territórios entre organizações criminosas.

O aumento dos preços dos combustíveis já provocou mobilizações violentas em anos anteriores, como em 2019 e 2022, durante os governos de Lenín Moreno e Guillermo Lasso.

Situação econômica e social

A economia equatoriana depende fortemente da exportação de petróleo e produtos agrícolas. O PIB do Equador alcançou aproximadamente 107 bilhões de dólares em 2022, com Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 0,759, segundo dados do PNUD, o que classifica o país como de desenvolvimento humano médio.

O Equador enfrenta desafios significativos em termos de desigualdade social e pobreza. A atual crise política e social pode exacerbar esses problemas, levando a um aumento da migração e maior pressão sobre países vizinhos.

Impactos nas relações diplomáticas

As relações diplomáticas entre o Equador e o Brasil são historicamente amigáveis, com cooperação em diversas áreas, incluindo comércio e segurança. No entanto, a instabilidade política no Equador pode afetar essas relações, especialmente se a situação se agravar.

O Brasil, como um dos principais parceiros comerciais do Equador, observa atentamente os desdobramentos, uma vez que a crise pode impactar o comércio bilateral e a segurança regional.

A instabilidade pode afetar acordos comerciais e cooperação em áreas como segurança e desenvolvimento.

Perspectivas futuras

O futuro político de Daniel Noboa e a estabilidade do Equador permanecem incertos após o atentado. O presidente, que já enfrentou desafios significativos desde sua posse, agora deve lidar com pressão crescente para implementar reformas que abordem a segurança e a economia.

A resposta do governo ao atentado e as medidas que serão adotadas para garantir a segurança pública serão cruciais para sua administração.

A sociedade equatoriana, que já enfrenta crise de confiança nas instituições, pode reagir de diferentes maneiras a esse evento. A pressão popular por mudanças e a demanda por segurança podem moldar o cenário político nos próximos anos.

A comunidade internacional acompanha atentamente os desdobramentos dessa crise, que reflete um contexto histórico de descontentamento popular e desafios econômicos com implicações significativas tanto para o Equador quanto para toda a região.

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