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TROCA DE FARPAS

Governo Trump cita Alexandre de Moraes ao criticar o Brasil

Opinião foi exposta em postagem no perfil do subsecretário de Diplomacia Pública do Departamento de Estado dos EUA, Darren Beattie, no X.

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Imagem ilustrativa da notícia Governo Trump cita Alexandre de Moraes ao criticar o Brasil camera Opinião foi exposta em postagem no perfil do subsecretário de Diplomacia Pública do Departamento de Estado dos EUA, Darren Beattie, no X. | Reprodução

O governo dos Estados Unidos, sob a liderança do presidente Donald Trump, voltou a ameaçar o Brasil, com menção direta ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, em um post na rede social X nesta segunda-feira, 8 de setembro.

A postagem teve autoria do subsecretário de Diplomacia Pública do Departamento de Estado dos EUA, Darren Beattie, com o contexto do feriado deste domingo (7), que marca a Independência do Brasil.

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Em seu perfil na rede social, ele acusa erroneamente Alexandre de Moraes de atos de abuso de poder, em indicação ao julgamento de supostos envolvidos na autoria dos movimentos de 8 de janeiro de 2023.

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"Ontem marcou o 203º Dia da Independência do Brasil. Foi um lembrete do nosso compromisso de apoiar o povo brasileiro que busca preservar os valores da liberdade e da justiça. Em nome do Ministro Alexandre de Moraes e dos indivíduos cujos abusos de autoridade minaram essas liberdades fundamentais, continuaremos a tomar as medidas cabíveis", alega o político.

Essa declaração ocorre em um contexto de crescente tensão entre os dois países, especialmente após a imposição de tarifas pesadas sobre produtos brasileiros.

Trump expressou sua insatisfação com o Brasil, apontando o governo brasileiro como "esquerda radical" após divergências políticas e não descartou a possibilidade de restringir vistos para autoridades que planejam participar da Assembleia Geral da ONU, em Nova York.

Tarifas e críticas ao Governo brasileiro

As tarifas impostas pelo governo Trump, que podem chegar a 50%, referem-se a produtos brasileiros e foram anunciadas em agosto. Trump, ao justificar essas medidas, alegou que o ex-presidente Jair Bolsonaro é vítima de uma "caça às bruxas" em razão do processo que enfrenta no STF.

O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, tem sido alvo de críticas por parte do governo americano, especialmente devido às acusações contra Bolsonaro, que incluem tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do estado democrático de direito.

Embora Trump tenha afirmado manter uma "ótima relação com o povo do Brasil", suas críticas ao governo brasileiro se intensificaram. Ele não mencionou diretamente o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas declarou: "O governo mudou radicalmente. Isso está fazendo muito, muito mal. Vamos ver". Essa declaração, embora vaga, sugere uma possível escalada nas tensões diplomáticas entre os dois países.

Impactos nas relações bilaterais

A possibilidade de restrições durante a Assembleia Geral da ONU, um evento que reúne líderes globais, gera preocupações sobre o impacto nas relações bilaterais entre Brasil e Estados Unidos.

As tarifas e as ameaças de sanções diplomáticas refletem uma estratégia mais ampla do governo Trump para pressionar governos que considera adversários ideológicos.

Essa abordagem pode afetar não apenas as relações comerciais, mas também a colaboração em questões internacionais. O presidente Lula, por sua vez, já manifestou repetidamente sua disposição para negociar com Trump.

Em uma declaração feita na última terça-feira (2), Lula afirmou que espera que o presidente americano reconheça a necessidade de discutir as tarifas aplicadas ao Brasil e a outros países, como Índia e China. Ele declarou: "Não tenho nenhum interesse em brigar com os EUA, tenho interesse de que essa amizade de 200 anos possa conviver democraticamente mais 200 anos."

Reações e desdobramentos

Após a imposição das tarifas, o Brasil solicitou consultas à Organização Mundial do Comércio (OMC), argumentando que as medidas de Trump violam compromissos assumidos pelos EUA no Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio (GATT) e no Entendimento sobre Solução de Controvérsias (DSU).

Lula enfatizou que, embora Trump tenha o direito de criar taxas, existem regras a serem seguidas. Ele afirmou: "Temos a OMC. Por isso, o Brasil já recorreu à OMC, já recorreu à Seção 301. A gente vai utilizar todos os mecanismos legais."

As tensões entre os dois países não são novas e refletem um histórico de divergências políticas e econômicas. A relação entre Brasil e Estados Unidos passou por altos e baixos, especialmente em períodos de mudanças de governo.

A atual situação, marcada por tarifas e críticas mútuas, pode ter consequências significativas para a política externa brasileira e para a posição de ambos no cenário internacional.

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