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CRISE HUMANITÁRIA

Fome mata 130 em Gaza e população saqueia caminhões de comida

Caminhões de ajuda humanitária são saqueados em Gaza, onde a fome já matou mais de 130 pessoas. Entenda a situação crítica da população.

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Imagem ilustrativa da notícia Fome mata 130 em Gaza e população saqueia caminhões de comida camera Algumas pessoas ficaram feridas na confusão para tentar pegar os alimentos. | Foto: Reprodução/Vídeo

Caminhões que faziam a distribuição de ajuda humanitária no norte da Faixa de Gaza foram saqueados pela população faminta após cruzar a fronteira do enclave neste domingo (27).

Cerca de dez veículos cruzaram a fronteira com insumos para a Cidade de Gaza, mas nem todos chegaram ao destino. "Muitos cercaram os caminhões. A população, que estava desesperada por um saco de farinha, saqueou os veículos", afirmou o jornalista Hani Mahmoud, da Al Jazeera, que está no local.

População foi vista em cima dos caminhões, retirando os sacos e carregando os insumos nas costas. Imagens divulgadas por agências de notícias mostram que algumas pessoas ficaram feridas na confusão para tentar pegar os alimentos.

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O saque da carga preocupa, já que os alimentos iriam para a cidade mais populosa do enclave. O medo da população, segundo o jornalista, é de que a comida que deveria ser distribuída seja vendida no mercado paralelo por preços abusivos.

Cenas de desespero foram vistas no primeiro dia da "pausa tática" de Israel para permitir a entrada de ajuda humanitária. Após pressão internacional, o país de Benjamin Netanyahu anunciou que pausará todos os dias por 10 horas os ataques para que corredores humanitários levem alimentos até três pontos de Gaza. A pausa de hoje vai durar até as 20h (14h no horário de Brasília).

Três áreas diferentes do enclave têm ataques paralisados para receber os alimentos, segundo o Exército. Além da Cidade de Gaza, onde os saques aconteceram, caminhões vão passar por Deir al-Balah, no centro, e al-Mawasi, no sul, segundo dados divulgados pelo próprio exército de Israel.

Ajuda aérea também foi enviada, mesmo com alertas sobre risco à população. As Forças de Defesa de Israel publicaram vídeos de mantimentos sendo jogados de paraquedas. Segundo o Exército, açúcar, enlatados e farinha foram entregues. Em 2024, um equipamento defeituoso fez com que os insumos caíssem no mar e 12 palestinos morressem afogados.

Um terço da população de Gaza não come há dias, segundo as Nações Unidas. O Programa Mundial de alimentos divulgou hoje um comunicado falando que a notícia sobre a pausa humanitária é boa, mas explicando que um cessar-fogo é a única forma de fazer com que os alimentos cheguem a todos.

"O Programa Mundial de Alimentos tem comida suficiente para alimentar toda a população de 2,1 milhões de pessoas em Gaza por quase três meses", disse a ONU, em nota.

Só 30% da comida necessária foi distribuída em Gaza desde a abertura parcial das fronteiras, em maio. Segundo o Programa Mundial de Alimentos, 22.000 toneladas foram entregues, mas 62.000 são necessárias para alimentar toda a população do país.

De ontem para hoje, seis pessoas morreram de fome. O número elevou para 133 o total de vítimas da desnutrição do país desde o início da guerra. O número de mortos subiu vertiginosamente nas últimas semanas, o que seria um reflexo dos dois meses e meio de bloqueio total de suprimentos à palestina por parte de Israel. No fim de maio, o bloqueio foi parcialmente aberto, mas a ajuda enviada não era suficiente, segundo as organizações.

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Israel, que bloqueou qualquer entrada de ajuda em Gaza entre março e maio, segue culpando Organização das Nações Unidas pela fome no local. "Esperamos que a ONU colete e distribua os alimentos, sem atrasos ou desculpas", disse o Ministério das Relações Exteriores do país em nota.

Embarcação com insumos foi interceptada por Israel. Na noite de ontem, um barco do movimento ativista "Flotilha da Liberdade", que levava fórmula infantil, remédios e brinquedos, foi interceptado a 75 quilômetros da costa de Gaza. Vinte e uma pessoas de 10 países foram redirecionadas para a costa israelense, segundo o exército.

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