Rússia alerta EUA sobre apoio militar direto a Israel

O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, declarou nesta quarta-feira (18) que a possível assistência militar direta dos Estados Unidos a Israel pode gerar instabilidade na região do Oriente Médio. A declaração foi divulgada por agências internacionais, que relataram ainda que Ryabkov pediu que Washington não forneça esse tipo de apoio ao governo israelense.

Segundo Ryabkov, o governo russo está mantendo contato com autoridades de Israel e do Irã. O posicionamento ocorre em meio ao avanço do conflito entre os dois países, que entrou no sexto dia seguido de ataques nesta quarta.

Israel realizou uma nova ofensiva contra o Irã, dando sequência à operação militar que, de acordo com o governo israelense, tem como foco impedir o avanço do programa nuclear iraniano. A ofensiva foi chamada de Leão Ascendente.

Em resposta, o Irã lançou mísseis e drones contra o território israelense. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou que os ataques continuarão e que todas as bases iranianas podem ser alvos.

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Ainda no fim de semana, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou estar disposto a mediar o conflito. Ele conversou por telefone com o presidente dos Emirados Árabes Unidos, Mohammed bin Zayed Al Nahyan, para tratar da situação. O Kremlin informou que os dois líderes demonstraram preocupação com a escalada e defenderam a suspensão imediata das hostilidades, além da retomada de negociações diplomáticas sobre o programa nuclear do Irã.

Nesta quarta-feira (18), Israel conduziu mais uma série de ataques aéreos contra alvos iranianos, incluindo uma instalação de centrífugas em Teerã e locais ligados à fabricação de armamentos. Segundo o Exército israelense, mais de 50 aviões participaram da ação.

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Horas antes da ofensiva, o líder supremo do Irã, Ali Khamenei, usou as redes sociais para prometer uma "resposta firme" aos ataques, classificando Israel como "regime sionista".

O cenário de tensão se agravou após recentes declarações do presidente dos EUA, Donald Trump, que pediu uma “capitulação incondicional” do Irã. O conflito segue sem perspectiva de cessar-fogo imediato, com movimentações militares constantes e envolvimento de lideranças internacionais.