Coalas são executados por atiradores de elite na Austrália. Entenda o motivo!

Após serem vítimas de incêndios em seus habitats naturais, os coalas australianos costumam ser protegidos em parques como o Budj Bim, que abriga uma das maiores concentrações do animal no estado de Victoria.

Entretanto, com as ilhas de habitat do parque também vulneráveis a desastres, mais de 750 coalas foram abatidos por franco-atiradores em helicópteros no local, após um incêndio florestal. A ação, classificada pelas autoridades como "eutanásia humanitária", ocorreu após o fogo destruir 2.000 hectares, que equivale a 20% do parque, e deixar os animais sem alimento e com ferimentos graves.

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O governo de Victoria alegou que os coalas estavam desidratados, queimados ou à beira da morte devido à destruição dos eucaliptos maná, sua única fonte de alimento.

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James Todd, diretor de biodiversidade do estado, afirmou que o terreno acidentado e a localização dos animais no topo das árvores tornaram o resgate impossível. "Foi uma decisão agonizante, mas necessária para evitar sofrimento prolongado", justificou ele.

Críticas à metodologia

Ativistas e biólogos questionam a precisão dos tiros aéreos, já que a avaliação da condição dos animais seria inviável a dezenas de metros de altura. Vídeos circularam e mostram coalas feridos tentando fugir, levantando suspeitas de morte lenta ou erros de mira.

A Koala Alliance acusou o governo de não seguir seu próprio plano de emergência para incêndios, que prevê o fornecimento de folhas de eucalipto por helicóptero para salvar animais famintos. "Isso foi um massacre, não um resgate", disse uma porta-voz da organização.

Apesar de serem vulneráveis nos estados de New South Wales, Queensland e ACT, a população de coalas na Austrália é estável em Victoria. Mesmo assim, o parlamento do estado anunciou uma auditoria sobre o abate, enquanto ONGs pressionam por corredores ecológicos entre parques para evitar isolamento populacional e fundos arrecadados serão usados para reflorestamento de eucaliptos e clínicas de resgate.

Vale lembrar que essa espécie vegetal é rica em água e nutrientes, o que a torna vital para coalas em regiões áridas. Ambientalistas afirmam que sua destruição equivale a cortar o suprimento de um hospital durante uma pandemia. Especialistas alertam que eventos como este podem acelerar a extinção local da espécie em Victoria até 2050, conforme projeções climáticas.