A Meta e a Amazon.com estão reduzindo seus programas de diversidade antes do retorno republicano Donald Trump à Presidência dos Estados Unidos, à medida que a oposição conservadora a essas iniciativas aumenta.
Algumas das maiores empresas dos Estados Unidos estão reduzindo suas iniciativas de diversidade, anos depois de promoverem políticas mais inclusivas na esteira dos protestos contra os assassinatos de George Floyd e outros negros nortes-americanos pela polícia, em 2020.
A Meta está encerrando seus programas de diversidade, equidade e inclusão (DEl), incluindo aqueles usados para contratação, treinamento e escolha de fornecedores, afirmou a empresa nesta sexta-feira em comunicação interna publicada em um fórum da companhia -- a última de uma série de ações aplaudidas pelos conservadores.
Conteúdos relacionados:
- Donald Trump é condenado por suborno a atriz pornô
- Donald Trump é eleito presidente dos Estados Unidos
Em menos de duas semanas, a Meta eliminou seu programa de verificação de fatos nos El nomeou o proeminente republicano Joel Kaplan para ser seu diretor de assuntos globais e elegeu Dana White, presidente-executivo do Ultimate Fighting Championship (UFC) e amig íntimo de Trump, para seu conselho.
A gigante da mídia social, liderada por Mark Zuckerberg, tem tentado melhorar suas relações: com o líder, que criticou as políticas de conteudo da empresa e ameaçou prender seu presidente-executivo.
Diferentemente de sua prática anterior, a Meta anunciou em dezembro uma contribuição de l milhão de dolares para o fundo inaugural de Irump, juntando-se a grandes empresas de Wall Street e do Vale do Silício que prometeram doações.
A Amazon.com está "encerrando programas e materiais desatualizados" relacionados à representação e inclusão, com o objetivo de concluir o processo até o final de 2024, disse em um memorando aos funcionários de dezembro visto pela Reuters nesta sexta-feira.
Quer saber mais notícias do mundo? Acesse nosso canal no Whatsapp
Grupos conservadores denunciaram os programas DEl e ameaçaram processar as empresas por causa deles, encorajados por uma decisão da Suprema Corte dos EUA em 2023 que derrubou a ação afirmativa nas decisões de admissão em universidades.
"O panorama legal e político acerca dos esforços pela diversidade, equidade e inclusão nos EUA está mudando", afirmou a vice-presidente de recursos humanos da Meta, Janelle Gale, em um comunicado interno visto pela Reuters.
Gale disse que decisões recentes da Suprema Corte "indicam uma mudança" em como os tribunais dos EUA abordarão programas de diversidade, equidade e inclusão daqui em diante.
O termo 'DEl' também ficou carregado, parcialmente porque é compreendido por alguns como uma prática que sugere tratamento preferencial a alguns grupos, em detrimento de outros", escreveu
Gale também disse que a empresa não terá mais uma equipe dedicada ao tema de diversidade, equidade e inclusão. Pelo comunicado, a diretora de diversidade da Meta, Maxine Villiams, ocupará outro cargo na empresa, com foco em acessibilidade e engajamento.
Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.
Comentar