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GUERRA ISRAEL-HAMAS

Harvard perde apoio de bilionários após criticas a Israel

Para empresários, universidade demorou a reagir a manifestação de estudantes que culpava Tel Aviv por escalada de violência

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Imagem ilustrativa da notícia Harvard perde apoio de bilionários após criticas a Israel camera Estudantes se reúne na Universidade de Harvard para mostrar seu apoio aos palestinos em Gaza | Foto: Joseph Prezioso/AFP

Um comunicado de 34 organizações estudantis da Universidade Harvard condenando as ações de Israel na Faixa de Gaza continua a gerar repercussões nos Estados Unidos. Nesta segunda-feira (16), o ex-CEO da Victoria's Secrets Leslie Wexner anunciou o fim da parceria entre a organização filantrópica que carrega seu nome, a Fundação Wexner, e a instituição.

Em nota, a ONG criticou a demora da universidade para se pronunciar acerca da declaração dos estudantes, que afirmava que o "regime de apartheid" israelense era "o único culpado" pela violência que acometeu o país nos últimos dias. Cerca de 2,3 milhões de pessoas vivem em Gaza, desde 2007 sob bloqueio de serviços básicos —um cenário que muitos ativistas descrevem como "a maior prisão a céu aberto do mundo".

"Estamos chocados e enojados com o lamentável fracasso da liderança da Harvard em tomar uma posição clara e inequívoca em relação aos bárbaros assassinatos de civis inocentes de Israel", diz a carta da Fundação Wexner, acrescentando que a universidade "estava de fato hesitando, vacilando". "Isso [condenar o posicionamento das organizações estudantis] não deveria ter sido tão difícil."

O conflito entre Israel e Hamas teve início em 7 de outubro, data em que o grupo terrorista realizou uma incursão brutal ao território israelense que resultou na morte de pelo menos 1.400 cidadãos do país, além de dezenas de sequestros. Desde então, as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) vêm bombardeando continuamente a Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas. O Ministério da Saúde local estima que mais de 3.000 pessoas tenham morrido em decorrência dos ataques.

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Os estudantes de Harvard publicaram o comunicado condenando o Estado judeu no próprio dia 7. A resposta oficial da universidade só veio em 10 de outubro. Na ocasião, a reitora Claudine Gay afirmou em nota que, "embora nossos alunos tenham o direito de falar por si mesmos, nenhum grupo ou mesmo 30 deles fala pela universidade ou por sua liderança".

"Nossa universidade rejeita o ódio —aos judeus, aos muçulmanos, a qualquer grupo de pessoas com base em sua fé, sua nacionalidade ou em qualquer aspecto de sua identidade", disse Gay, primeira mulher negra a ocupar o cargo.

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Vários empresários egressos de Harvard, universidade mais influente da política americana, já tinham anunciado que pretendiam se afastar dela antes dos Wexner. Na sexta-feira (13), por exemplo, o bilionário israelense Idan Ofer se afastou do conselho executivo da instituição. Com uma fortuna avaliada em US$ 20 bilhões (R$ 0,1 trilhão), ele é filho de Sammy Ofer que, morto em 2011, já foi considerado pela revista Forbes o homem mais rico de Israel.

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