Autoridades ucranianas anunciaram neste sábado (16) que pelo menos cinco cidades do país sofreram uma série de bombardeios realizados pelas tropas russas, incluindo a capital Kiev, além de Lviv e Mykolayv. Os ataques fazem parte de uma represália do governo de Vladmir Putin, depois que as forças armadas da Ucrânia bombardearam territórios russos, no início da semana.
O governador regional de Kharkiv, a segunda maior cidade ucraniana, disse que o bombardeio da artilharia russa atingiu uma região central da cidade, matando pelo menos uma pessoa e deixando outras 18 feridas. Kharkiv está sitiada pelas forças russas desde o início da operação militar, há quase dois meses.
O presidente da Câmara de Kiev, o ex-boxeador Vitali Klitschko, afirmou que uma pessoa foi morta e várias ficaram feridas após ataques de mísseis na capital. De acordo com Moscou, uma fábrica de produção de blindados e mísseis foi o alvo desse ataque na região de Kiev.
Já em Poltava, Severodonetsk e Lysychansk, no leste do país, os ataques ganharam maior intensidade nas últimas 24 horas. As autoridades locais confirmaram duas mortes em ataques aéreos russos naquelas localidades. O governo de Chernihiv, por seu turno, revelou enfrentar dificuldades para conseguir se defender dos ataques, uma vez que as manobras das tropas russas não seguem um padrão facilmente identificável.
Escalada da violência
A guerra entre Rússia e Ucrânia voltou a sofrer uma escalada da violência, após novos ataques ucranianos contra o território russo. O governo de Vladimir Putin, que havia sinalizado com a possibilidade de uma trégua, anunciou que reagiria às agressões sofridas voltando a bombardear Kiev. Além dos ataques em terra, o naufrágio do navio militar Moskva, maior embarcação de guerra russa no Mar Morto, também colaborou para o aumento de tensão. A Ucrânia assumiu a autoria do ataque.
Exigências russas
Em 24 de fevereiro, a Rússia lançou uma operação militar na Ucrânia, que foi seguida por reações internacionais e pela imposição de sanções econômicas e financeiras "duras" a Moscou.
O governo russo exige que a Ucrânia renuncie a todos os planos de se juntar à OTAN, aliança militar ocidental liderada pelos Estados Unidos, e mantenha total neutralidade, o que Kiev considera uma "interferência em sua soberania".
Após 52 dias de conflito armado, Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, calcula que de 2,5 mil a 3 mil soldados da defesa do país morreram desde o início da ofensiva russa, e que cerca de dez mil ficaram feridos. O número de militares ucranianos feitos prisioneiros não foi divulgado.
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