Sabe aquela piada que diz que se você for ao sol vai se queimar, mas a solução é ir de noite? Pois é, ela continuaria só uma anedota caso seres humanos se aventurassem em ir ao astro-rei. Mas as ideias de se aproximar ainda mais do corpo celeste continua.
A Nasa, agência espacial norte-americana, selecionou duas missões científicas para estudar a dinâmica do Sol, a conexão da Terra com sua estrela e o ambiente espacial em constante mudança.
As missões Multi-slit Solar Explorer (Muse) e HelioSwarm vão fornecer visão mais profunda do universo e dar informações cruciais para ajudar a proteger astronautas, satélites e sinais de comunicação como o GPS.
Segundo Thomas Zurbuchen, da Nasa, as missões fornecerão “perspectiva única” sobre os “mistérios” do Sol. O anúncio é feito um dia depois de a empresa SpaceX ter revelado que 40 satélites da sua rede Starlink, que iam se juntar a uma "constelação" de 2 mil satélites de internet de banda larga, sofreram impacto devido a tempestade geomagnética, que ocorre quando os ventos solares penetram no ambiente espacial ao redor da Terra.
A missão Muse ajudará os cientistas a entenderem as forças que impulsionam o aquecimento da superfície solar e as erupções que são a base do clima espacial, explicou a agência. Graças a essa missão, será possível observar a radiação ultravioleta extrema do Sol e obter "imagens com a maior resolução já capturada na região de transição solar e da superfície”.
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O objetivo principal do estudo é investigar causas do aquecimento, instabilidade da superfície e obter informações sobre propriedades básicas do plasma que cobre toda a superfície do Sol.
Ao mesmo tempo, a missão HelioSwarm registrará as primeiras medições multiescala no espaço, das flutuações no campo magnético e movimento do vento solar conhecido como turbulência.
Estudar a turbulência do vento solar em grandes áreas requer medições feitas simultaneamente de diferentes pontos no espaço e, por isso, o HelioSwarm consistirá numa nave espacial central e oito pequenos satélites em órbita sincronizada.
"A inovação técnica dos pequenos satélites do HelioSwarm, que vão operar juntos como uma constelação, oferece oportunidade única para investigar a turbulência e a evolução do vento solar", realçou Peg Luce, vice-diretor da Divisão de Heliofísica da Nasa.
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