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COVID-19

Imunidade de quem foi contaminado e vacinado é mais forte

A informação consta no estudo publicado na conceituada revista Science Immunology. Os resultados da pesquisa apontam que a quantidade de anticorpos em pessoas infectadas e vacinadas é até dez vezes maior se comparada à presente em só vacinadas.

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Imagem ilustrativa da notícia Imunidade de quem foi contaminado e vacinado é mais forte camera Tânia Rêgo / Agência Brasil

Um estudo realizado pela Universidade do Oregon, nos Estados Unidos apontou que pessoas infectadas naturalmente pelo Sars-CoV-2 e vacinadas contra o vírus apresentam imunidade reforçada e mais duradoura contra a Covid-19. As conclusões estão do estudo foi publicada na última quinta-feira (26), na versão online da revista Science Immunology.

De acordo com os pesquisadores, a quantidade de anticorpos no sangue de pessoas que foram infectadas e vacinadas é até dez vezes maior na comparação com as só vacinadas.

Os cientistas analisaram a resposta imunológica de 104 pessoas que estavam vacinadas contra o vírus. Elas foram divididas em três grupos. O primeiro tinha 42 vacinados sem contágio prévio. O segundo era formado por 31 pessoas que receberam a imunização após uma infecção pela doença. Outros 31 foram infectados depois da vacinação.

Após essa etapa, os especialistas coletaram sangue dos participantes. As amostras foram expostas em laboratório a três variantes do Sars-CoV-2. As cepas escolhidas foram a Alfa (B.1.1.7), Beta (B.1.351) e Delta (B.1.617.2). A Ômicron não foi testada.

"A imunidade gerada apenas pela infecção natural é muito variável. Algumas pessoas produzem uma resposta mais forte, outras não", explicou um dos coautores do estudo — Marcel Curlin, professor de doenças infecciosas na Escola de Medicina da Universidade do Oregon. "Mas a vacinação combinada à imunidade pela infecção quase sempre oferece resposta robusta."

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Os resultados mostraram que os dois grupos com "imunidade híbrida" (vacinados e infectados), geraram os maiores níveis de anticorpos em comparação ao grupo que apenas recebeu a vacina.

"A possibilidade de nos infectarmos agora é alta porque há muito vírus ao nosso redor neste momento", afirmou outro coautor do estudo — Fikadu Tafesse, professor assistente de microbiologia molecular e imunologia. "O melhor que podemos fazer agora é tomar a vacina o quanto antes. Então, se o vírus vier, teremos um caso leve da doença e ficaremos com uma superimunidade."

Endemia

Neste ponto, acreditam aos autores, a doença tende a se tornar endêmica. Cientistas ressaltam que, embora as conclusões reforcem as de estudos anteriores, a amostra usada foi pequena, o contágio ocorreu em laboratório, e a Ômicron não foi testada. Por isso, dizem, a vacinação continua imprescindível.

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