Pesquisadores identificaram o que classificaram como a primeira confirmação da hanseníase, doença também conhecida como "lepra", em chimpanzés selvagens, em duas regiões da África Ocidental. As imagens dos primatas infectados são chocantes e foram divulgadas pelo Centro de Ecologia e Conservação da Universidade de Exeter, no Reino Unido.
A pesquisa divulgada por cientistas revela duas cepas distintas da bactéria Mycobacterium leprae, que infecta os animais identificados. Os grupos foram localizados na Costa do Marfim e na Guiné-Bissau e não possuem contato entre si
De acordo com os especialistas, é a primeira vez que a doença é identificada em primatas selvagens. Anteriormente, chimpanzés em cativeiro já apresentaram sintomas da enfermidade. Até o momento, não se sabe o que pode ter causado a contaminação, mas os pesquisadores suspeitam de contato com humanos, uma vez que o homo sapiens é considerado o principal hospedeiro da bactéria.
Nas últimas décadas, a bactéria está se espalhando em outros mamíferos, como esquilos vermelhos, no Reino Unido, e tatus nas Américas. Entre humanos, a doença é considerada controlada, após o desenvolvimento de certas classes de antibióticos.
"Esta é a primeira confirmação de hanseníase em animais não humanos na África. É incrível que também esteja em nosso parente vivo mais próximo, o chimpanzé, especialmente considerando o quão bem estudados os chimpanzés são na natureza", afirmou o Dr. Kimberley Hockings, o principal autor do estudo, em um comunicado oficial.
Veja também!
- Morre rinoceronte-branco mais velho do mundo
- Foca é resgatada com lata de Red Bull presa na boca
- Mulher recebe rim de porco em transplante realizado nos EUA
Segundo ele, ao menos quatro chimpanzés foram identificados com sintomas já graves de hanseníase e projeta que será muito difícil tratá-los, uma vez que dar antibióticos para animais selvagens pode ser algo bastante complexo. Novos estudos serão feitos para tentar rastrear a dinâmica da doença entre os primatas selvagens.
Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.
Comentar