Ser mãe pode ser o sonho de muitas mulheres. Porém, em alguns casos, por questões de saúde ou opção, a maternidade pode ocorrer de forma tardia.
A gravidez depois dos 40 anos tem se tornado cada vez mais comum entre brasileiras. Famosas como Gisele Bündchen, Sabrina Sato, Andreia Horta e Leandra Leal, são exemplos de mulheres que engravidaram após completar essa idade. E os dados refletem essa tendência: entre 2010 e 2022, o número de mulheres que optaram pela maternidade depois dos 40 anos aumentou em 65,27%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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Além do crescimento no número de mulheres que engravidam mais tarde, a idade média da maternidade também subiu, passando de 25,3 anos em 2000 para 27,7 anos em 2020. Projeções do IBGE indicam que a média deve chegar a 31,3 anos até 2070, refletindo uma mudança significativa no perfil das mães brasileiras.
Desafios da Maternidade Tardia
Embora cada vez mais comum, a gravidez após os 40 anos apresenta alguns desafios. De acordo com o especialista em medicina fetal do Instituto Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), Fernando Maia, a probabilidade de uma mulher engravidar reduz conforme ela envelhece. "Uma mulher de 40 anos tem cerca de 50% de chance de engravidar dentro de um ano, mas essa taxa cai drasticamente com o passar dos anos. Aos 43 anos, a chance diminui para 1%, e, depois dos 45, fica quase impossível engravidar com os próprios óvulos," explicou Maia ao SBT News.
Para quem deseja avaliar a viabilidade de uma gravidez, Maia recomenda o exame do Hormônio Antimülleriano, um marcador que ajuda a identificar a reserva ovariana e, portanto, a capacidade reprodutiva da mulher.
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Riscos e Cuidados
A maternidade após os 40 anos pode, no entanto, vir acompanhada de riscos, principalmente devido a condições pré-existentes que tendem a ser mais comuns em mulheres dessa faixa etária, como hipertensão, obesidade, problemas de tireoide e diabetes gestacional. Essas condições podem aumentar as chances de complicações, como pré-eclâmpsia, parto prematuro e outras intercorrências.
Segundo o Dr. Fernando Maia, algumas medidas podem ajudar a reduzir os riscos associados à gravidez após os 40 anos:
- Avaliação prévia: Mulheres com condições médicas pré-existentes devem discutir a viabilidade da gravidez com seus médicos para garantir que a doença esteja controlada e para entender como a gestação pode afetar a saúde.
- Suplementação com ácido fólico: Iniciar a suplementação de ácido fólico pelo menos três meses antes de engravidar ajuda na prevenção de alguns defeitos congênitos.
- Início precoce do pré-natal: O acompanhamento pré-natal o mais cedo possível é fundamental para monitorar a saúde da mãe e do bebê e para prevenir complicações.
A tendência da maternidade tardia reflete, em parte, as mudanças sociais e profissionais pelas quais as mulheres vêm passando, priorizando a carreira e os estudos antes de formar uma família.
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