Michelle fala sobre a prisão de Bolsonaro; veja o que ela disse

Em um dia marcado por tensões políticas e grande repercussão nacional, figuras públicas e autoridades reagiram à prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, decretada na manhã deste sábado, 22. Enquanto Brasília concentrava atenções diante do novo desdobramento judicial, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro utilizou as redes sociais para se posicionar sobre o caso, recorrendo a mensagens religiosas e referências ao episódio da facada sofrida por Bolsonaro em 2018.

Michelle estava no Ceará, onde participaria de um encontro do PL Mulher, braço feminino do Partido Liberal que ela preside. Em uma postagem nos stories do Instagram, afirmou estar aguardando voo para Brasília. Ao comentar a prisão, adotou tom de fé e confiança:

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“Confio na Justiça e em Deus. A justiça humana, como temos visto, já não se sustenta... Mas sei que o Senhor dará o escape, assim como fez em 2018, quando meu marido foi vítima de uma facada”, escreveu, mencionando o atentado ocorrido durante a campanha presidencial daquele ano.

A ex-primeira-dama afirmou ainda que as consequências do episódio seguem afetando a saúde de Bolsonaro:

“A sua saúde traz sequelas até hoje por causa desse episódio, mas em Deus ele é forte. Ele é GRANDE, e eu o amo muito.”

Michelle também citou o Salmo 121 e declarou que “o Brasil precisa da nossa intercessão”. As mensagens foram acompanhadas de capturas das passagens bíblicas.

Prisão de Jair Bolsonaro

A prisão de Bolsonaro foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, após pedido da Polícia Federal. A corporação justificou a necessidade da medida para garantir a ordem pública, citando a convocação de uma vigília organizada pelo senador Flávio Bolsonaro, marcada para começar às 19h em frente à residência do ex-presidente, onde ele cumpria prisão domiciliar.

Segundo a PF, havia risco de aglomeração, ameaça à segurança dos participantes e dos agentes presentes, além de preocupação com a integridade do próprio Bolsonaro. Moraes também apontou indícios de que o ex-presidente teria violado o uso da tornozeleira eletrônica na madrugada deste sábado e citou “elevado risco de fuga”. Trecho da decisão afirma:

“A informação constata a intenção do condenado de romper a tornozeleira eletrônica para garantir êxito em sua fuga, facilitada pela confusão causada pela manifestação convocada por seu filho.”

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A prisão preventiva não corresponde ao início do cumprimento da pena de 27 anos e três meses imposta pela Primeira Turma do STF em setembro, por liderar organização criminosa em uma tentativa de golpe de Estado.

Bolsonaro foi levado para a Superintendência da Polícia Federal, onde permanecerá em uma sala de Estado — espaço reservado a autoridades como presidentes e ex-presidentes. Medida semelhante já foi adotada anteriormente para Luiz Inácio Lula da Silva e Michel Temer.

A defesa do ex-presidente afirmou que ainda não teve acesso à decisão completa e aguarda esclarecimentos sobre os fundamentos da prisão preventiva.