Eventos internacionais de grande magnitude exigem não apenas planejamento logístico, mas também investimentos significativos em segurança e prevenção de acidentes.
Na tarde desta quinta-feira (20), um princípio de incêndio em um pavilhão da COP30 demonstrou na prática como a tecnologia pode fazer a diferença entre um susto controlado e uma tragédia de proporções maiores.
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Segundo informações preliminares do Corpo de Bombeiros do Pará, o provável causador das chamas foi o mau funcionamento de um micro-ondas levado nesta quinta-feira (20) para o local.
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O incidente começou por volta das 14h e, embora tenha gerado pânico e correria entre os participantes devido à densa fumaça, foi controlado rapidamente.
As chamas duraram aproximadamente 6 minutos antes de serem completamente extintas pela equipe de emergência.
A resposta emergencial envolveu 56 agentes do Corpo de Bombeiros que já estavam posicionados no local como parte do protocolo de segurança do evento. A operação utilizou 244 extintores e equipamentos de mangueira, com o corte imediato da energia elétrica como medida preventiva.
Lonas Antichamas: a tecnologia que evitou o pior
Registros visuais do incidente revelaram um detalhe crucial: as chamas não se espalharam além do ponto inicial. Especialistas apontam que as lonas antichamas instaladas na estrutura do pavilhão foram decisivas para conter o fogo e evitar uma tragédia de maiores proporções em um ambiente repleto de pessoas.
Como funciona o tratamento antichamas?
A tecnologia por trás das lonas antichamas baseia-se em um processo químico sofisticado aplicado durante a fabricação do material.
O tecido recebe tratamento com substâncias retardadoras de fogo, compostos químicos especiais que alteram fundamentalmente o comportamento do material quando exposto a altas temperaturas.
Quando as chamas entram em contato com a lona tratada, esses compostos químicos são ativados pelo calor e formam uma barreira protetora. Essa camada dificulta drasticamente o avanço do fogo, impedindo que as chamas se propaguem rapidamente pela superfície do material.
O diferencial está no alto calor específico dessas lonas. Enquanto tecidos convencionais queimam e espalham as chamas com velocidade alarmante, os materiais antichamas absorvem grande quantidade de energia térmica sem entrar em combustão.
Isso significa que o fogo perde força e tende a se extinguir naturalmente, mesmo sem intervenção externa imediata.
Propriedades técnicas dos materiais antichamas
Além da resistência ao fogo, as lonas utilizadas em eventos como a COP30 apresentam características técnicas que as tornam ideais para aplicações de segurança:
- Resistência térmica superior: Suportam temperaturas elevadas sem deformar ou perder integridade estrutural, mantendo sua função protetora mesmo em condições extremas;
- Impermeabilidade: Protegem não apenas contra o fogo, mas também contra água e umidade, preservando equipamentos e materiais sensíveis;
- Durabilidade elevada: Resistem à abrasão mecânica, variações bruscas de temperatura e radiação ultravioleta, mantendo suas propriedades ao longo do tempo;
- Segurança aprimorada: Diferentemente de materiais plásticos convencionais, não derretem nem gotejam quando expostos ao fogo. Esse comportamento é fundamental para evitar queimaduras graves e propagação do incêndio por gotejamento de material em chamas.
Aplicações em eventos e espaços de risco
A escolha por lonas antichamas em eventos de grande porte como a COP30 não é casual. Essas estruturas temporárias concentram milhares de pessoas em espaços fechados ou semicobertos, com instalações elétricas complexas, equipamentos eletrônicos e múltiplas fontes potenciais de ignição.
As lonas antichamas são especialmente recomendadas para coberturas de pavilhões, tendas, divisórias internas, fechamentos laterais e áreas de estandes em feiras e conferências.
Sua aplicação se estende também a galpões industriais, armazéns, áreas de armazenamento de materiais inflamáveis e qualquer ambiente onde o risco de incêndio seja elevado.
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