Uma megaoperação da Polícia Civil e das Forças Armadas nos complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro, reacendeu o debate sobre o poder do tráfico e a disseminação de informações falsas nas redes. Entre os alvos da ação, chamou atenção o suposto envolvimento de uma jovem conhecida como “Japinha do CV”, figura associada ao Comando Vermelho e popularizada como a “musa do crime”. Imagens e vídeos que circularam após o confronto levantaram dúvidas sobre o paradeiro real da criminosa e a veracidade das notícias sobre sua morte.
Após a reviravolta sobre a suposta morte da “Japinha do CV”, identificada apenas pelos apelidos Penélope ou Japinha, um novo vídeo passou a circular nas redes sociais desde segunda-feira (3/11). As imagens mostram uma mulher fugindo junto a um grupo de criminosos durante a megaoperação realizada em 25 de outubro, nos complexos da Penha e do Alemão, zona norte do Rio. A gravação é atribuída à jovem, apontada como integrante da linha de frente do Comando Vermelho (CV).
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
- Japinha do CV viva? PC identifica corpo apontado como dela
- Morreu? Japinha do CV já fingiu estar morta em outro confronto
A polícia, no entanto, ainda não confirmou a identidade da mulher nas imagens. A incerteza surgiu após uma foto que mostrava um corpo desfigurado, supostamente o da “musa do crime”, gerar dúvidas entre investigadores e usuários da internet. Oficialmente, o nome dela não consta na lista dos 115 suspeitos mortos na operação — todos do sexo masculino.
O caso se tornou um novo mistério: afinal, qual é o verdadeiro paradeiro da “Japinha do CV”?
A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), com apoio do Ministério Público, segue apurando as circunstâncias das mortes e a identidade dos corpos encontrados. A Subsecretaria de Inteligência (Ssinte) da Polícia Civil também investiga a ligação dos suspeitos com o Comando Vermelho.
Áudios obtidos pela coluna Na Mira reforçam que o cadáver encontrado com roupa camuflada e colete tático não pertence à jovem. Segundo as apurações, trata-se de um homem ainda não identificado.
Fotos anteriores à operação mostram Penélope trajando uniforme de combate e empunhando um fuzil. Investigações preliminares apontam que ela atuava na proteção de rotas de fuga e na defesa de pontos estratégicos de venda de drogas.
Quer saber mais de polícia?Acesse o nosso canal no WhatsApp
A disseminação de imagens explícitas e notícias falsas envolvendo a suposta morte da “Japinha” levou à criação de perfis falsos nas redes sociais — alguns pedindo doações via Pix e outros promovendo casas de apostas. Em resposta, a irmã da jovem usou as redes para pedir o fim da divulgação das fotos e das informações não confirmadas, em um desabafo contra a propagação de fake news sobre o caso.
Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.
Comentar