Em meio à comoção provocada por mais uma operação policial marcada pela violência extrema, o governo federal se mobiliza para acompanhar os desdobramentos da chamada Operação Contenção, que resultou em dezenas de mortes nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro. O episódio reacendeu o debate sobre a escalada da criminalidade e o papel das forças de segurança nos grandes centros urbanos do país.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou uma reunião com ministros na manhã desta quarta-feira (29), no Palácio do Planalto, para discutir possíveis ações do governo diante da situação no Rio. A operação, realizada na terça (28), deixou oficialmente 64 mortos - entre eles, 60 suspeitos e quatro policiais, sendo dois civis e dois militares. No entanto, extraoficialmente, o número de vítimas da ação contionua aumentando. Até o início da manhã, moradores do Complexo da Penha levaram mais de 60 corpos para a Praça São Lucas, no Rio.
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Lula, que retornava de viagem à Ásia, foi informado dos acontecimentos ao chegar ao Brasil e determinou o acompanhamento próximo do caso. Estão confirmadas as presenças de Rui Costa (Casa Civil), Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública) e Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais).
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Após o encontro no Planalto, os ministros Rui Costa e Ricardo Lewandowski seguirão para o Rio de Janeiro, onde terão uma reunião emergencial com o governador Cláudio Castro. A expectativa é de que o encontro sirva para alinhar medidas conjuntas e avaliar a necessidade de reforço federal nas ações de segurança.
Rui Costa já havia autorizado o pedido do governador fluminense para transferir 10 detentos para presídios federais. Segundo informações oficiais, os presos são apontados como líderes de facções criminosas que teriam ordenado, de dentro das cadeias, ataques e bloqueios em várias regiões do Rio.
Em declaração à imprensa cearense, o ministro da Justiça afirmou nesta terça-feira que não foi procurado pelo governador para oferecer apoio à operação. “Não fomos acionados em momento algum pelo governo estadual para prestar qualquer tipo de ajuda”, declarou Lewandowski, ressaltando que o Ministério da Justiça continuará acompanhando a situação e avaliando medidas cabíveis.
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