
Nos últimos anos, o Brasil se tornou um dos principais alvos de ciberataques na América Latina, com mais de 500 mil ocorrências registradas apenas no primeiro semestre de 2025, conforme levantamento da Check Point Research. Essa realidade alarmante destaca a crescente vulnerabilidade de usuários comuns e empresas de diferentes portes a ataques digitais. Entre as ameaças mais recorrentes estão o pharming, smishing e phishing, que exploram tanto falhas técnicas quanto a desatenção humana para roubar dados, credenciais e até dinheiro. Compreender como esses golpes funcionam e quais medidas de proteção adotar é essencial para evitar cair em armadilhas digitais.
De acordo com Daniel Tieppo, especialista em cibersegurança e diretor executivo da HexaDigital, a prevenção é a principal arma contra essas ameaças. “Esses golpes exploram a confiança e a desatenção das pessoas. Por isso, o primeiro passo é entender como funcionam para evitar cair em armadilhas digitais. Além disso, empresas precisam fortalecer processos internos e adotar tecnologias de monitoramento e proteção em tempo real”, explica. Neste artigo, vamos explorar os três golpes digitais mais comuns e fornecer dicas práticas para se proteger deles.
pharming: O golpe invisível que troca seu destino online
O pharming é uma técnica sofisticada que redireciona o usuário para sites falsos, mesmo quando o endereço correto é digitado. Esse redirecionamento pode ocorrer devido a falhas em servidores DNS (Domain Name System) ou por meio de malware instalado no dispositivo da vítima. O perigo do pharming reside em sua invisibilidade; muitas vezes, a vítima não percebe que está acessando um site falso até que seja tarde demais.
Para se proteger contra o pharming, é crucial adotar algumas práticas recomendadas. Primeiro, sempre digite manualmente o endereço de sites sensíveis, como bancos e serviços financeiros. Além disso, desconfie de mudanças sutis na aparência das páginas, pois isso pode ser um sinal de que você está em um site falso. Manter os sistemas operacionais e antivírus sempre atualizados também é uma medida preventiva eficaz. “Esses cuidados reduzem bastante o risco de cair nesse tipo de armadilha”, orienta Tieppo.
Quer conferir mais dicas? Acesse nosso canal no WhatsApp
smishing: Quando um simples sms vira armadilha
O smishing, uma combinação de SMS e phishing, é um golpe que utiliza mensagens de texto para induzir a vítima a clicar em links maliciosos ou compartilhar informações pessoais. Normalmente, essas mensagens se passam por bancos, operadoras de telefonia ou serviços de entrega, criando uma falsa sensação de urgência. O objetivo é sempre o mesmo: roubar dados sensíveis.
phishing: A isca digital mais comum da internet
O phishing é, sem dúvida, a forma mais comum de ataque digital. Esse golpe utiliza e-mails, redes sociais ou aplicativos de mensagens para se passar por instituições confiáveis, induzindo a vítima a fornecer dados sigilosos, como logins, senhas e números de cartão de crédito. A facilidade com que os golpistas podem criar mensagens que parecem legítimas torna o phishing uma ameaça constante e crescente.
Para se proteger contra o phishing, a principal dica é sempre verificar o remetente antes de clicar em links ou abrir anexos. Além disso, habilitar a autenticação em dois fatores em suas contas pode adicionar uma camada extra de segurança. Participar de treinamentos de conscientização digital, especialmente em ambientes corporativos, também é altamente recomendável. “A informação continua sendo a melhor defesa contra esse tipo de golpe”, reforça Tieppo.
Para evitar cair em um golpe de smishing, a primeira regra é nunca clicar em links recebidos por SMS, a menos que você tenha solicitado aquele contato. Além disso, não compartilhe senhas ou códigos de verificação por mensagem. Outra dica valiosa é ativar filtros de spam no celular, o que pode ajudar a bloquear mensagens suspeitas antes que cheguem à sua caixa de entrada. “Esse simples hábito já evita grande parte das tentativas de fraude via smishing”, alerta o especialista.
Conscientização e responsabilidade compartilhada
O combate a esses crimes digitais é uma responsabilidade compartilhada entre usuários e empresas. Enquanto o usuário precisa adotar hábitos digitais mais seguros, as empresas devem investir em políticas de conscientização e tecnologias de defesa. A combinação de educação e prevenção é a melhor estratégia contra golpes online. “A conscientização é fundamental. Quando as pessoas estão informadas sobre os riscos e as melhores práticas, elas se tornam menos vulneráveis a ataques”, conclui Tieppo.
Além disso, é importante que as empresas implementem sistemas de monitoramento e resposta a incidentes, garantindo que estejam preparadas para lidar com possíveis ataques. A criação de um ambiente digital seguro não é apenas uma responsabilidade individual, mas um esforço coletivo que envolve todos os stakeholders.
Fontes: EdiCase
Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.
Comentar