
O consumo de bebidas alcoólicas falsificadas tem se tornado uma preocupação crescente no Brasil, especialmente diante do recente surto de intoxicações por metanol registrado em vários estados. Casos graves e até mortes têm acendido o alerta de autoridades de saúde e segurança pública, que vêm intensificando ações para combater o mercado clandestino de bebidas. Estima-se que mais de um terço das bebidas vendidas no país sejam adulteradas, contrabandeadas ou falsificadas, segundo dados da Fhoresp.
Nesse contexto, a Polícia Civil de São Paulo deflagrou mais uma operação de combate à falsificação de bebidas nesta quinta-feira (2), na região metropolitana de São Paulo. A ação foi conduzida por equipes da Seccional de Mogi das Cruzes e resultou na apreensão de pelo menos 20 mil garrafas suspeitas de serem reutilizadas em envases clandestinos.
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O material foi encontrado em um galpão que operava como depósito irregular de vasilhames de bebidas alcoólicas. As garrafas estavam organizadas por marca e, no momento da operação, agentes flagraram funcionários higienizando os frascos, o que indica que estavam sendo preparados para novo uso e possível comercialização de forma ilegal.
De acordo com o depoimento do proprietário do local, as garrafas seriam enviadas para o município de Passa Quatro (MG), onde, segundo a Polícia, haveria o novo envase — possivelmente de forma irregular e sem qualquer tipo de controle sanitário.
A estrutura do galpão foi considerada “gigantesca” pelos agentes envolvidos na operação. A investigação agora busca identificar os responsáveis por todo o esquema de reutilização e falsificação das bebidas, além de rastrear a cadeia de distribuição.
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A operação em Mogi faz parte de uma série de fiscalizações que vêm sendo intensificadas nos últimos dias em São Paulo. Em média, 34 estabelecimentos por dia estão sendo vistoriados, incluindo bares, depósitos e pontos de venda suspeitos. Em muitos casos, são encontradas bebidas vencidas, sem nota fiscal ou armazenadas em recipientes visivelmente usados.
A adulteração de bebidas com metanol — substância altamente tóxica e proibida para consumo humano — tem sido o principal foco dessas ações. O produto, quando ingerido, pode causar cegueira, falência renal, coma e até a morte. O Ministério Público Federal também já abriu investigações sobre o caso, e o governo federal tem se mobilizado para orientar a população sobre riscos e formas de identificar possíveis falsificações.
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