Volta do horário de verão: veja quando está previsto e o que pode mudar

Durante muito tempo o horário de verão marcou gerações em todo o Brasil. Com o início da programação mais cedo, o objetivo era fazer com que houvesse economia de energia. No ano de 2019, o ex-presidente Jair Bolsonaro extinguiu a decisão.

Após seis anos, o governo avalia retomar o horário de verão que poderá ser no perído de 16 de novembro a 15 de março de 2026. A decisão atende a recomendações técnicas de órgãos ligados ao setor elétrico, que alertaram para o aumento no consumo entre o fim da tarde e o início da noite. Nesse período, cresce a demanda residencial, cai a produção solar e o risco de sobrecarga aumenta. Adiantando o relógio em uma hora, a intenção é reduzir a pressão no sistema e, ao mesmo tempo, gerar benefícios indiretos para comércio, turismo e lazer.

Como vai funcionar?

A partir das 00h de 16 de novembro de 2025, moradores do Sul, Sudeste e Centro-Oeste deverão adiantar seus relógios em uma hora. O retorno ao horário normal ocorrerá em 15 de março de 2026, também à meia-noite. Essa mudança não valerá para os estados do Norte e Nordeste, que continuam no horário padrão. Ao longo desses quatro meses, o país ficará dividido em dois fusos, o que exigirá atenção para compromissos de viagem, transmissões de TV e eventos nacionais.

Benefícios para economia e energia

Um dos principais objetivos do horário de verão é a economia de energia elétrica, sobretudo entre as 18h e 21h, quando o consumo é mais intenso. Com o adiantamento, o uso da iluminação artificial tende a cair, aliviando o sistema. Além disso, a medida pode reduzir a necessidade de acionar termelétricas, que são mais caras e poluentes. Do ponto de vista econômico, setores como bares, restaurantes e turismo costumam ser beneficiados pela maior movimentação de pessoas nas ruas após o expediente, aproveitando a luz natural.

Como se preparar para o horário de verão?

Adotar algumas medidas pode ajudar a minimizar os efeitos das mudanças, como manter uma rotina de sono regular, evitar cafeína a noite e buscar contato com luz natural logo cedo. Para empresas, vale a pena informar clientes e colaboradores sobre os novos horários, evitando transtornos nos primeiros dias. Escolas e serviços públicos também podem reforçar a comunicação para reduzir confusões.

Setores precisam se adaptar

Com a mudança de fuso horário, além das famílias, empresas, transportes, escolas e organizações públicas terão que revisar suas rotinas. Além disso, quem trabalha no setor de tecnologia também precisa ficar atento, já que pode haver a necessidade de ajustes em sistemas automáticos de computadores, celulares e equipamentos que dependem de hora programada. Emissoras de TV e plataformas digitais precisarão alinhar grades de programação, transmissões esportivas e shows ao novo horário.