Homem é preso por ameaçar explodir Praça dos Três Poderes

Em um episódio que elevou a tensão na capital federal, a Polícia Militar do Distrito Federal foi acionada nas primeiras horas da manhã deste sábado, 30, para conter uma ameaça de bomba na Praça dos Três Poderes, em Brasília. A ocorrência aconteceu por volta das 5h15, justamente às vésperas do julgamento de envolvidos na tentativa de golpe de Estado, o que já havia motivado o reforço da segurança na Esplanada dos Ministérios.

Segundo informações da PM, um homem visivelmente alterado, afirmava carregar explosivos em uma mochila e ameaçava detonar o conteúdo no local. A situação ativou os protocolos da Operação Petardo, voltada a ameaças com artefatos explosivos, e também a Operação Gerente, que trata da coordenação de crises. O 6º Batalhão da PM fez o primeiro contato com o suspeito e deu início à negociação, enquanto o Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) foi mobilizado para o apoio tático.

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Após cerca de uma hora e meia de negociação, o homem foi contido e preso pelas equipes policiais. Em seguida, o Esquadrão Antibombas realizou uma varredura minuciosa na área e nos pertences do suspeito. Apesar da ameaça inicial, nenhum explosivo ou arma foi encontrado — apenas objetos de uso pessoal.

O suspeito recebeu atendimento imediato do Corpo de Bombeiros e foi encaminhado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de São Sebastião, apresentando sinais de distúrbios psiquiátricos. Após a avaliação médica, ele será levado à 5ª Delegacia de Polícia para o registro da ocorrência.

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JULGAMENTO DE BOLSONARO

Na próxima terça-feira (2), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) começará a julgar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete integrantes do chamado núcleo 1 da ação penal que investiga uma tentativa de golpe de Estado em 2022. O presidente da turma, ministro Cristiano Zanin, organizou o cronograma em cinco dias de sessões, algumas com duração integral de manhã e tarde, e outras apenas no período da manhã.

Ao todo, a análise poderá somar até 27 horas de julgamento. Entre os réus, estão figuras como Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil e candidato a vice-presidente em 2022; Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente; e Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-presidente da Abin. Também compõem o grupo Almir Garnier, almirante da Marinha; Anderson Torres, ex-ministro da Justiça; Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional; e Paulo Sérgio Nogueira, general e ex-ministro da Defesa.