
Juliana Garcia dos Santos Soares, brutalmente agredida com 61 socos pelo ex-namorado dentro do elevador de um condomínio em Natal, município do Rio Grande do Norte, foi homenageada nesta última quarta-feira (20) durante uma cerimônia de formatura do curso de Direito da Uninassau. Ela recebeu a medalha Maurício de Nassau, a mais alta condecoração da instituição.
A homenagem reconhece a força da jovem após o ataque, registrado por câmeras de segurança e amplamente divulgado pela imprensa. O caso é investigado como tentativa de feminicídio. O ex-namorado de Juliana, o ex-jogador de basquete Igor Eduardo Pereira Cabral, foi preso em flagrante no dia seguinte ao crime, ocorrido no dia 26 de julho deste ano (2025). Ele permanece detido na Cadeia Pública Dinorá Simas, em Ceará-Mirim, na Grande Natal. A investigação da Polícia Civil aponta que ele desferiu 61 socos contra a vítima, que sofreu lesões graves no rosto e passou por cirurgias de reconstrução facial.
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Durante a cerimônia, o reitor da Uninassau, André Lemos Araújo, entregou pessoalmente a medalha à formanda e destacou a trajetória de Juliana. “Ela é uma mulher que ao ser ferida escolheu não permanecer silenciada”, afirmou, ao classificar Juliana como símbolo de resiliência e referência na luta contra a violência de gênero.
Além disso, Araújo também destacou o impacto do caso na sociedade. “As imagens chocaram o Brasil e o mundo, expondo a crueldade e o horror dessa violência que recaiu sobre a mulher indefesa”, disse.
Juliana agradeceu a solidariedade recebida e afirmou estar honrada. "Sinto-me muito honrada com essa homenagem. Fico feliz em poder representar as mulheres de uma forma positiva e agradeço a toda solidariedade e esse prêmio que recebi", disse. Mesmo em recuperação, ela tem se posicionado publicamente sobre o caso e transformado a experiência que teve em um alerta sobre a violência contra mulheres no Brasil.
Relembre o caso
O crime ocorreu dentro do elevador de um condomínio em Natal, no último dia 26 de julho. As imagens registradas pelas câmeras de segurança mostram Igor agredindo Juliana com dezenas de socos no rosto. Ela sai do local ensanguentada e com diversas fraturas.
Juliana foi socorrida e passou por cirurgias faciais. Além das dores físicas, relatou também os impactos psicológicos, mas disse que tem buscado fazer da história uma forma de inspirar outras mulheres a denunciar casos de violência.
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Onde denunciar
Casos de violência contra a mulher podem ser denunciados anonimamente pelos seguintes canais:
- 190 – Polícia Militar
- 180 – Central de Atendimento à Mulher
- Disque 100 – Violação de direitos humanos
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