
“Não tenho medo de morrer.” Foi com essa frase, publicada em suas redes sociais, que a mulher identificada como, Eweline Passos Rodrigues, 28 anos, conhecida como “Diaba Loira”, definiu parte da vida que levava no mundo do crime.
Entretanto, a madrugada da última sexta-feira (15) mostrou o quanto essa afirmação parecia anunciar seu destino: a traficante foi morta a tiros durante um confronto entre facções rivais nas comunidades do Fubá e Campinho, na Zona Norte do Rio de Janeiro. O corpo acabou desovado em Cascadura.
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A página do Instagram, @tubaraobelasantacatarina, estado natal de Eweline, publicou uma série de informações sobre ela, inclusive, a frase "Não tenho medo de morrer", que explicava bem sua inserção no mundo do crime.
Segundo a postagem, a trajetória de Eweline começou longe do tráfico. Em 2022, ainda em Santa Catarina, ela foi vítima de uma tentativa brutal de feminicídio, quando o ex-companheiro a esfaqueou.
Ela Sobreviveu após cirurgia, mas as cicatrizes físicas e emocionais a conduziram a outro caminho. Pouco tempo depois, já no Rio de Janeiro, ingressou nas fileiras do Comando Vermelho (CV), trocando a condição de vítima pela de criminosa.
Apelidada de “Diaba Loira” por policiais que a viam como ousada e violenta, ela alimentava a fama nas redes sociais, onde aparecia armada com fuzis e submetralhadoras. A ascensão rápida dentro do crime organizado a colocou na lista de procurados da Justiça, com mandados por tráfico e associação criminosa.
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O fim da “Diaba Loira” reflete a engrenagem de violência que domina o Rio: pessoas que emergem do sofrimento e encontram no tráfico poder e notoriedade, mas que têm no mesmo universo o destino trágico.
Veja a postagem:
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